No decurso da visita oficial a Espanha, o Presidente João Lourenço (JLo) teve a oportunidade de visitar a sede da Organização Mundial do Turismo (OMT) em Madrid, confirmando-se aquilo que já se vislumbrava: Angola tem todas as garantias de apoio para a promoção e desenvolvimento do Turismo no país.
JLo sublinhou que “temos grandes potencialidades turísticas adormecidas, que precisam do vosso contributo para fazer, também de Angola, um importante destino turístico mundial”.
Naturalmente foi lembrado que o sector turístico foi um dos que mais sofreu com a pandemia da covid-19, todavia foi ressalvado que este é um dos sectores estratégicos mais relevantes e que faz parte dos planos do Executivo para almejar a diversificação económica do país, e subsequentemente, permitir a criação de emprego e erradicar a pobreza.
O Presidente aproveitou o ensejo para convidar as empresas e os homens de negócios espanhóis para investirem no sector do Turismo, e simultaneamente, recomendou o incentivo da formação dos jovens angolanos, porque o turismo é um dos sectores que mais viabiliza emprego aos cidadãos.
Por seu lado, o Secretário-Geral da OMT, o georgiano Zurab Poloikashvil, para além de ter garantido financiamento, recursos humanos e investidores em todo o território angolano, prometeu também trabalhar com as autoridades angolanas ligadas ao sector de traçar as melhores estratégias com vista à exploração das potencialidades turísticas do país.
Angola tem vários pontos turísticos, entre os quais se destacam os parques nacionais da Kissama e Iona, as Quedas de Kalandula, do Ruacaná, o Mussulo, o Miradouro da Lua ou mesmo, o próprio Rio Zambeze.
Esta potencialidade do país frequentemente louvada, principalmente por efeito da sua localização geográfica, bom clima e o fabuloso património histórico e cultural, assim como os seus recursos naturais multiformes, carece ainda de afinação e aprimoramento. Segundo Afonso Vita, director do INFOTUR, “o país tem todos os requisitos necessários para o sucesso no domínio do Turismo, desde que se comece a transformar os recursos turísticos existentes em produtos turísticos capazes de ser vendidos a nível nacional e internacional”.
Para que possamos receber mais turistas, certamente que a burocracia tem de diminuir; sobre este aspecto Afonso Vita destacou que “foram reduzidos os documentos necessários para o licenciamento dos empreendimentos turísticos, passando de 11 documentos antes exigidos para três”. Além disso, foi alterada a validade dos alvarás de três para cinco anos e está em curso o processo de descentralização do sistema de emissão dos alvarás. Todas essas acções visam a melhoria do ambiente de negócios na área do Turismo, acrescentou o director.