O silêncio dos desencontros

ByKuma

10 de Outubro, 2021

Quando as incongruências flutuam à superfície envoltos na mentira, é urgente não ter pressa, a realidade confronta com a razão e os protagonistas começam a tropeçar na verdade.
Das profundezas da razão a arma do silêncio traz à tona as sombras do oportunismo, o analfabetismo funcional dos néscios revela os trilhos sinuosos, e mesmo entre o ruído e a algazarra da feira, a história marca encontro com verdade dando a oportunidade de mudar o caminho.
De repente a UNITA é confrontada entre o racionalismo de Isaías Samakuva e o Irracionalismo de Adalberto Costa Júnior, o ex-líder pode ser de novo o conforto da Paz fulcral para o desenvolvimento, e aquele que no lapso de tempo enganoso foi na sua odisseia narcisista o espectro do confronto é a mais viva ameaça aos angolanos que buscam tranquilidade.
Nos meandros dos bastidores, a mesma arrogância e prepotência que perenemente ameaçou a Ordem Pública e confrontou o Estado de Direito, pressiona Samakuva com ameaças veladas a ele e aos seus, a hedionda idiossincrasia dos clandestinos temem o confronto político, e com o belicismo que os caracteriza, próprio de nomenclatura centralista impõe candidato único e, como é evidente, a servidão concêntrica tem um eixo em que tudo gira à sua volta, Adalberto Costa Júnior.
Os caminhos agitados de clandestinidade durante a guerra retomam o seu lugar nos tempos modernos, mobiliza-se a verborreia urbana para o circo de entretenimento, e obscurecem-se intenções malévolas onde se preparam os ingredientes do medo para condicionar vontades.
Está cada vez mais claro que a UNITA de ACJ não quer eleições, repete-se a mentira à exaustão para parecer verdade, envolveu a FPU num dilema, os anarcas ganharam espaço, são rebeldes, e a sua irreverência incontrolável pode virar-se mesmo contra o Galo Negro se se virem goradas as suas expectativas criadas pelos discursos inflamados assentes numa plêiade de regalias e direitos, omitindo-se os deveres e obrigações.
A vergonha e a indecência de gente sem carácter espelha-se na simbiose entre a UNITA/FPU e Zédu e os marimbondos, um mandou matar quem lhe queria derrubar do Poder, o outro morreu mas deixou uma herança convergente com tirania, ambos lutam pelo Poder há quatro décadas e estão cercados de órfãos que não sabem viver sem ser à custa do Estado e exploração de uma Nação inteira. Zédu e Savimbi eram a Cara e Coroa da mesma moeda, e os filhos paridos desse ADN juntam-se na luta pela herança.
Esperam-se nuvens negras e dias sombrios na nossa querida Angola, pena é que se sacrifiquem tantos por tão poucos, e agora chegam-nos novas que dão como parte activa na desgraça, clérigos de uma Igreja Católica que deveria ser neutra e refúgio dos aflitos, mas há sempre os Judas em que o arrependimento chega com a morte.
Enfim…a ver vamos!!!