Elementos da Igreja Católica apoiam golpe de Estado

ByTribuna

9 de Outubro, 2021

Elementos da Igreja Católica angolana está a executar um papel triste, vergonhoso, e acima de tudo criminoso.

No passado dia 8 de outubro, foi albergue de uma ebulição conspirativa o auditório Cônego Manuel das Neves, localizado na Rádio Eclésia, e onde funciona a Conferência dos Bispos de Angola e São Tomé e Príncipe.

O Secretário-Geral da Jura, Agostinho Kamuango reuniu com vários líderes de movimentos cívicos e revolucionários. Contou também com a presença de elementos da UNITA, designadamente do Chefe da Brigada de Mobilização Especial de Luanda, Edneu Kiamy e Eduardo Epalanga, Membro da Comissão Política do Comité Permanente da UNITA. Para além de representantes da UNITA, realce para a comparência de alguns militantes do Bloco Democrático e do Pra-já Servir Angola.

O grande despudor desta reunião, que mais não é do que um projecto para lançar Angola na total anarquia e caos, foi a assistência activa de dois Padres da Arquidiocese de Luanda – Padre Celestino Epalanga e o Padre Frei Júlio Candeieiro, respectivamente Presidente e Vice-Presidente de Justiça e Paz da CEAST.

Esta reunião pressupunha dois objectivos: manter os intervenientes informados sobre o acórdão do Tribunal Constitucional que anulou o Congresso da UNITA e a definição de estratégias para reagir contra essa situação.

Em primeiro lugar, ficou decidido que as manifestações que estavam previstas para os próximos dias 14 e 15 de outubro seriam adiadas. É arriscado, pois é quando o Presidente da República vai ao Parlamento proferir um discurso e poderia ser mal interpretado. Contudo, os deputados da oposição estarão vestidos com camisolas pretas e munidos de cartões vermelhos, de forma a manifestarem o seu descontentamento.

Contudo, logo no dia seguinte, serão lançadas manifestações um pouco por toda a capital, para lançar a confusão e o caos. Os participantes têm instruções para não deixar as ruas enquanto o TC não revogar o acórdão.

Agora pasme-se, os manifestantes terão o apoio dos bispos da CEAST, dos padres Celestino Epalanga, Padre Frei Júlio Candieiro, Bispo Don Mauricio Camutu do Bengo, Don Jaka de Benguela, Don Zacarias Camuenho Bispo em Mérito de Lubango, Padre Pio Wakussanga dos Gambos e líder da Associação Construindo Cidadania e o Padre Félix Gaudesio Yakulengue de Ondjiva.

Um outro aspecto a destacar é que as manifestações de 16 em diante devem-se espalhar pelo resto do país e na diáspora defronte das embaixadas.

O grande propósito é provocar a desordem e instabilidade no país, e sabotar o bom trabalho que o Presidente e o seu executivo têm empreendido um pouco por todo o mundo; isto numa fase tão crucial de adversidade económica.

Estas manifestações não ambicionam o bem comum do povo angolano. Projectam, isso sim, aumentar gradualmente ao longo do tempo a sua intensidade para criar caos e aumentar a fome no país, e dessa forma aumentar o descontentamento e revolta popular contra o MPLA.

No meio disto tudo, lamenta-se acima de tudo, o envolvimento de alguns elementos da Igreja Católica no “olho do furacão”, num plano tão escabroso, que não é mais do que uma tentativa de derrubar o Estado de direito em Angola.