Angola está a definir a sua posição estratégica para a próxima reunião com a União Europeia a realizar-se nos próximos dias 19 e 20 de outubro. As várias modalidades de parcerias são fundamentais para o país, principalmente tendo em linha de conta a relevância da UE em múltiplos níveis.
O Presidente João Lourenço, na semana passada cimentou a parceria estratégica com um dos países mais bem posicionados no plano económico da Europa, o Reino de Espanha. Com este Estado, foram estabelecidas e fortalecidas várias pontes de cooperação e desenvolvimento, designadamente nos sectores que João Lourenço anunciou antecipadamente – política, energia, construção civil, pescas, saúde, defesa e segurança. Por outro lado, o Presidente também fez saber que esta parceria estratégica deve ir para além da esfera meramente económica e empresarial.
Já quanto à UE, foi o Ministério da Economia e Planeamento, que através do seu Secretário de Estado para o Planeamento Milton Reis, anunciou que está a compilar um relatório sobre as condições para execução dos acordos de parceria económica entre a organização internacional (UE) e Angola.
De entre outros aspectos, Milton Reis destacou as principais matérias, a saber: diversificação da economia, segurança nacional, mecanismos de facilitação aos investimentos e acordos no domínio das pescas. Este relatório está a ser elaborado com o concurso de técnicos dos ministérios da agricultura e Pescas, Indústria e Comércio, Relações Exteriores, Cultura, Turismo e Ambiente, Defesa Nacional e Veteranos da Pátria. A estratégia de cooperação entre Angola e da UE acarreta um maior compromisso nas matérias ambientais, com especial destaque para a dimensão externa do “Pacto Verde” da UE e no campo das alterações climáticas.
Há que ter em atenção que o Secretário de Estado, sustentou que para a execução deste relatório, o seu ministério apoiou-se no encontro que teve com uma equipa do Banco Mundial a 23 de setembro, no qual foram tratadas questões inerentes sobre as alterações climáticas, desenvolvimento económico e a estratégia do país para a economia azul (do mar).