A Unitel está a lançar um novo concurso ligado à indústria audiovisual. O valor total do prémio será de 25 milhões de kwanzas, visando apoiar obras audiovisuais de jovens talentos angolanos nas categorias de longa e curta-metragem, documentário e teatro.
O nome deste novo concurso é ‘Unitel Angola Move’, e tem a ambição de se tornar num festival de cinema anual com vista a premiar uma obra em cada uma das categorias, com base numa votação mista – voto do público e eleição de um júri.
Será no próximo dia 8 de outubro que ficaremos a saber quem são os grandes vencedores, numa gala transmitida pela TPA. Segundo a Unitel, os 25 milhões de kz serão distribuídos da seguinte forma: 13 milhões de kz para a ‘melhor longa-metragem’, ‘melhor documentário’ – 7 milhões de kz e os restantes 5 milhões serão atribuídos à ‘melhor curta-metragem’. Neste concurso vão ser avaliados 130 produções audiovisuais feitas em Angola entre 2019 e 2021, nas categorias de documentário, curta e longa-metragem. Serão também premiadas pelo júri com a distinção de ‘Reconhecimento’, três das 130 obras concorrentes.
Relativamente às regras de melhor longa-metragem, foi dada a informação que são elegíveis as obras cinematográficas de carácter ficcional com um mínimo de 30 e um máximo 120 minutos de duração. Por seu lado, a categoria curta-metragem, deverá ser também de carácter ficcional, com uma duração máxima de 30 minutos.
Segundo o actor Sílvio Nascimento (ver Sílvio Nascimento reage ao ao filme Santana na Netflix: https://tribunadeangola.org/?p=4679), três vezes nomeado para os Emmys e vencedor do primeiro Globo de Ouro de Angola em 2018, como melhor actor, o prémio servirá para massificar o cinema angolano e fazê-lo sair do seu estado de letargia cinematográfica, mobilizando os profissionais para correr atrás do conhecimento.
Nascimento, que é um dos curadores da iniciativa sublinhou também que este sector tem sido muito fustigado pela contingência da pandemia, até porque o ‘lockdown’ (confinamento) da cultura se arrasta há anos.
Por último, exortou que isto “é o início de uma caminhada e, se a Unitel entrou, outros mecenas, outros empresários poderão sentir-se também motivados”.