Para qualquer cidadão medianamente informado custa ver as mentiras e falsas interpretações que por estes dias correm pelas redes sociais angolanas, promovidas por impostores que se dizem analistas, activistas ou promotores dos direitos humanos.
A mais recente mentira diz respeito a uma possível audiência de Joe Biden a João Lourenço. Vindo do nada começou a circular a tese que o Presidente angolano era um pária internacional por não ser recebido durante a sua visita aos Estados Unidos para discursar nas Nações Unidas. Isto é um disparate, mas criou lastro nas redes.
Temos de ir aos factos simples: durante esta semana estiveram nos Estados Unidos da América de 100 chefes de estado e 50 chefes de governo. Entre eles Marcelo Rebelo de Sousa de Portugal- que não esteve com Biden até agora, ou Jair Bolsonaro do Brasil.
Aliás, se olharmos para a agenda oficial da Casa Branca, verificamos que Biden durante esta semana apenas esteve com o primeiro-ministro da Austrália, Scott Morrison, na terça-feira ao meio-dia, e no mesmo dia às 16.45 com Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido-reunião que aliás não correu bem a Johnson. Não consta mais nenhum encontro com qualquer chefe de estado ou governo.
Por isso, qual a razão para que haja uma gritaria tão grande pelo facto de não se ter reunido com João Lourenço? Nenhuma.
Por outro lado, João Lourenço teve três encontros prestigiantes. Um com Nancy Pelosi, a número três na hierarquia política dos Estados Unidos da América e na linha de sucessão presidencial, como líder da Câmara de Representantes. Outro ocorreu com Jake Sullivan, o conselheiro de Segurança Nacional do Presidente Biden, e por fim um encontro com Robert Menendez, o Presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado. Três encontros de alto nível que não desmerecem Angola, pelo contrário. Portanto, há que repôr a verdade e a informação correcta.