Quando houve o golpe de estado na Guiné Conakry, aquelas almas que enchem as redes sociais com ataques permanentes ao governo de Angola, resolveram fazer um paralelo e ameaçar João Lourenço do mesmo destino. Muitos chegaram a rezar por um golpe idêntico em Angola.

Disparate maior é impossível. Na Guiné Conakry, o que se tem assistido é apenas a prepotência e arbítrio. Ministros e funcionários são presos sem julgamento, por militares encapuçados. É isso que querem para Angola?

Toda a hierarquia do executivo foi demitida e substituída por homens de confiança do militar golpista. O que se sucede são prisões após prisões.

Em termos económicos, teme-se que os acordos financeiros de projectos futuros sejam mais complicados, e que o crescimento, que o país começava a ter, pare.

Grupos locais de direitos humanos, incluindo a Organização Guineense para a Defesa dos Direitos Humanos (OGDH), divulgaram uma declaração expressando sua preocupação com o “respeito pelos princípios democráticos e pelo Estado de Direito” e instaram a junta governante a “comunicar o mais rápido possível um roteiro de transição que leve em consideração todas as propostas decorrentes das consultas que está a realizar”.

Tudo parece indicar, que se está perante mais um ditador que tomou o poder pela força e pretende entregar as riquezas do país aos seus patrocinadores.