Do meu chão, dos amigos do tempo longe e comprido, chegam novas insuspeitas que rompem o silêncio do medo, escapados da sombra da perseguição mostram receio do que o futuro lhes adivinha, o trapaceiro de Tchingenge, Adalberto Costa Júnior, afronta com ruído a paciência de todos quantos têm a responsabilidade de assegurar a estabilidade social e política, a autoridade do Estado de Direito e de cumprir e fazer cumprir todos os preceitos constitucionais.
Limites de bom senso e de admissibilidade já as esgotaram, a tática da vitimização está a tornar-se intolerável, o risco da anarquia desenfreada engrossa o desafio, e está mais claro a cada dia que passa que as eleições são mero entretenimento, até lá vale tudo na tomada do Poder, mesmo alianças com o diabo.
A UNITA profunda já está afastada, as feridas das bicadas do Galo ainda não sararam, outras tornaram-se cicatrizes de momentos embandeirados em arco e estandartes quando os atuais donos do Partido viviam em Lisboa, Paris, Londres e Nova York, de onde voltaram todos falsos doutores e engenheiros.
A sementeira do caos prossegue fora de tempo, nada se respeita, o desafio incha com slogans traduzidos em meras provocações, os vocábulos empertigados de vaidade são ditos em decibéis elevados para satisfação do ego, de uma pequena nuvem fazem uma tempestade e do vendaval uma vitória e uma rendição de quem lhes estendeu a mão.
Porque fala tanto em Cidadania ACJ? Saberá ele na sua incapacidade política e intelectual que pressupões Direitos em troca de Deveres e Obrigações que exigem honorabilidade pessoal para que se traduza em dignidade coletiva?
Onde está a ética republicana que impões moral e respeito pela Coisa Pública? A forma atentatória como o Galo Negro tem afrontado e enxovalhado os agentes da autoridade no exercício de soberania é tolerável em Democracia?
A transparência tão apregoada em frenesim louco não obriga o Partido a declarar de onde vêm os fundos para tanta festa? Quanto a UNITA já recebeu de fundos do dinheiro roubado aos angolanos pelos “marimbondos”? O mundo sabe que receberam e recebem, como sempre receberam de José Eduardo dos Santos desde 2002, e da tolerância do garimpo que enriqueceu uma dúzia de dirigentes que deixaram à fome milhares de ex-combatentes.
Conhecendo as eminências pardas do conluio, perspetiva-se um caminho sombrio para o abismo, Já não há matas impenetráveis nem exílios dourados, o escudo da guerra fria dissipou-se, e a falta de discernimento em Democracia leva ao caminho das trevas.
O acolhimento e cumplicidade com arruaceiros fora da lei, é uma alienação da UNITA ao permanente desafio no espaço público, o secretismo de desenvolvimentos de boicotes no fomento de instabilidade, joga o Galo Negro para uma semiclandestinidade que resvala em alguns aspetos para um verdadeiro terrorismo de Estado, e minada está já, também, a FPU Frente Patriótica Unida que já anunciava a viagem do vice-presidente Bornito de Sousa, de Lisboa para Copenhaga, em clara fuga de Luanda.
Até quando?