No final de 2020, já quando Donald Trump estava no final do seu mandato, os Estados Unidos da América (EUA) e Angola reanimavam as suas relações comerciais, depois de um período de algum marasmo (ver: Relações comerciais entre Angola e EUA ganham um novo fôlego https://tribunadeangola.org/?p=4098).
Agora, com uma nova administração norte americana a assegurar uma política externa eventualmente diferente da anterior, é chegada a altura de afinar estratégias nas relações entre Angola e EUA. Assim, aproveitando a visita de sete congressistas norte-americanos, o Presidente da República João Lourenço (JLo), concedeu-lhes uma audiência, na qual foram abordados vários assuntos.
Um dos assuntos que mais foi evidenciado nesse encontro foi a evidência necessária de se aumentar a presença das empresas americanas em Angola. Karen Bass, que chefiava a delegação dos congressistas e que é Presidente da Subcomissão par África, Saúde Global e Direitos Humanos do Congresso norte-americano, destacou a construção da refinaria do Lobito. Uma das empresas envolvidas na construção é americana, e segundo a congressista “isto é muito bom porque os recursos africanos não devem continuar a sair. Desta forma, os recursos vão trazer mais benefícios para os cidadãos africanos”.
Além disso, Karen elogiou bastante a beleza natural de Angola, país que visita pela segunda vez, e que tem, sem sobra de dúvida um enorme potencial de crescimento nas mais diversas áreas. Ficou explícito que os EUA pretendem ajudar o país em vários aspectos, como por exemplo no reforço do sistema financeiro e na electrificação do país.
Nesta audiência concedida por JLo, foi também distinguido o papel que o Presidente tem desempenhado não só no país, como também na região, especialmente na busca de soluções para a paz, estabilidade e segurança na África Austral e Central, na qualidade de presidente em exercício da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos (CIRGL).
A equipa de congressistas, esteve também reunida com o Ministro das Relações Exteriores, Téte António, alguns altos funcionários do seu pelouro, e a embaixadora dos EUA em Angola, Nina Maria Fite. Os principais assuntos abordados foram saúde, democracia, e a liderança de Angola na região dos Grandes Lagos.
O Chefe da diplomacia angolana congratulou a delegação americana, enfatizando os bons laços de cooperação existente entre os dois Estados. Sobre o processo de consolidação da democracia, Téte António, assegurou que o país continua a dar passos firmes e positivos.
Na matéria da saúde, inevitavelmente foi destacado o combate à pandemia da covid-19. O ministro fez um resumo das medidas tomadas pelo Executivo, e lembrou das dificuldades que os países mais pobres têm, quando existem esforços orçamentais adicionais para acudir a despesas extraordinárias, afectando inevitavelmente a vida de milhões de pessoas.
Por último, a chefe da delegação americana relatou que além dos vários assuntos tratados, vieram promover e diversificar os negócios e ver de que forma poderiam reforçar a cooperação, através de ajudas múltiplas.