ACJ – o meteorito

ByKuma

10 de Agosto, 2021

Vistoso, mas efémero, com o palco cada vez mais cheio de candidatos precipita-se a partilha do sonho, dele emerge um oceano de contradições que vão da capoeira à rua, em cena estão acotovelados os clandestinos envergonhados de um passado de traições e oportunismos, e os arruaceiros em busca de legitimidade dos seus crimes de desobediência e atentados à Ordem Pública, num claro desrespeito às regras do jogo democrático.

Os estrategas desta farsa que tentam ocultar a fragmentação interna da UNITA, general Lukamba Gato, Marcial Dachala e general Numa, entram em cena para não largarem a sombra de Adalberto Costa Júnior, e este cumpre a missão determinada pelos financiamentos e objectivos de José Eduardo dos Santos e Isabel dos Santos, que voltaram a investir com força no papagaio falante.

ACJ é cada vez mais alienado à mentira compulsiva, no somatório de promessas e críticas avulsas não se descortina uma ideia de governo, prima por apelos disfarçados a uma revolução em marcha, sem rumo nem identidade futura, o objectivo é o Poder e há que promover e empolar o descontentamento para a mobilização, sem respeito ao esforço de combate à pandemia que abala o mundo, e boicotando sinais evidentes de recuperação económica do país, como atestam todos os indicadores de instâncias internacionais.

Os “marimbondos” da UNITA, que sempre foram aliados de Zédu, com ele e através dele fizeram fortuna, têm casas e filhos a estudar no estrangeiro, são os donos do Galo Negro e controladores de ACJ, são eles, também, que marginalizam Isaías Samakuva e votam-no ao ostracismo, sabem que é amigo pessoal de João Lourenço.

Há informações veiculadas que causam estranheza, o grupo da Vila Alice diz ter contactos com o Vice Bornito de Sousa, e Abel Chivukuvuku diz-se próximo de Fernando Piedade Dias dos Santos “Nandô”, Presidente da Assembleia Nacional, este semear de contradições serve para tentar evidenciar uma supremacia eleitoral inequívoca, que de forma ardilosa está a ser manipulada com fundos sonegados aos próprios angolanos.

ACJ mentiu na nacionalidade, mente descaradamente no curso de engenharia que não completou, mente no casamento e tentou mentir nos seus contactos externos que não passaram de visitas a amigos e familiares, dado que nem ele nem a UNITA têm relações internacionais depois da morte de Jonas Malheiro Savimbi.

Em Benguela além das excursões intermunicipais, Bocoio, Balombo, Cubal e Ganda, e interprovincial do Huambo e Huila, foram dados 500 Akz a cada “Kupapata” e 750 Akz se levasse outro a reboque para a marcha da UNITA, o facto dos discursos em Umbundo são técnica ancestral para promover o regionalismo como forma de o catapultar para o racismo e tribalismo, é assim desde 1975, aliás a tomada do Poder é coincidente com a metodologia de 1992 quando o acto eleitoral eram favas contadas.

A vacuidade da verborreia é consubstanciada no vazio que proclama na exigência do Plano Autárquico, como poderão ser financiados os municípios sem desenvolvimento regional se a própria demografia é um problema que requer um pacto de regime sem o qual tudo vai fracassar, quem pode governar assim?