Banco Mundial e Governo em sintonia nas várias áreas de desenvolvimento

ByTribuna

7 de Julho, 2021

O Banco Mundial (BM) tem sido um dos pilares financeiros do país, para que este consiga enfrentar os vários choques económicos que têm ocorrido, fruto principalmente da conjuntura externa.

Em Março, o Conselho de Administração do banco, aprovou uma Operação de Política de Desenvolvimento (OPD) de 700 milhões de dólares em apoio aos esforços do governo de Angola para impulsionar a inclusão financeira e social e fortalecer o ambiente macrofinanceiro e institucional do país para um maior crescimento liderado pelo sector privado. Esta operação, segundo segundo Jean-Christophe Carret, Director do BM para Angola, “reafirma a confiança do BM nas reformas económicas em curso no país destinadas à dinamização da economia. O apoio do OPD concentra-se em simultâneo nas reformas macrofinanceiras cruciais e na inclusão de forma a garantir que os mais pobres e vulneráveis sejam protegidos”.

No mês seguinte, foi aprovado um Financiamento de Projectos de Investimento de 250 milhões de de dólares, com o intuito de apoiar os esforços de Angola para o empoderamento de meninas e combater a pobreza na aprendizagem, agendas gémeas no centro de dinamização do capital humano do país. Este financiamento providenciado pelo BM assinala o primeiro investimento abrangente nesta área, saudando-se os alargamentos dos serviços de saúde e educação.

Naturalmente que não se podia também deixar de assinalar o papel que o BM tem vindo a desempenhar no combate à covid-19, designadamente no apoio à vacinação. O plano nacional de vacinação contra a covid-19 tem um custo total aproximado equivalente a 217 milhões de euros. Aquando do início da vacinação, as autoridades angolanas asseguraram que iriam ser adquiridas cerca de 20 milhões de doses de vacinas, sendo que o BM seria responsável por 86,2 % do financiamento. Os custos da cadeia de frio e operacionais estão afiançados pelo orçamento de Estado e o BM. Aliás, dee acordo com a ministra da saúde Sílvia Paula Lutucuta, Angola dispõe de um depósito de armazenamento e conservação de alto rendimento com capacidade para acolher 180 milhões de vacinas.

Já no início deste mês, o Director do BM, continuou a dar sinais que a organização económica está agradada com a actuação do executivo angolano, tanto que em nome da instituição, manifestou interesse em apoiar o país no processo da industrialização da mandioca, deixando também em aberto outras iniciativas para o desenvolvimento da indústria e comércio. A aposta do Governo na mandioca, tem sido amplamente elogiada por várias organizações, tendo sido inclusive apontada pela FAO como o “alimento do século XXI”.

Já Victor Fernandes, ministro da Indústria e Comércio destacou ser importante o BM ajudar Angola no âmbito transfronteiriço, tal como a construção de uma ponte de ligação entre Angola e a República Democrática do Congo, especialmente nos domínios ferroviário e rodoviário. Além disso, corroborou com as afirmações de Jean-Christophe Carret, sublinhando a aposta institucional do país na industrialização e acrescentando que Angola está a trabalhar na realização de estudos e mapeamento de  projectos com a ONU para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), uma acção que também poderá avançar com o BM, tendo em conta o interesse manifestado.