Galo Negro – Lógicas e Dinâmicas

ByTribuna

15 de Março, 2021

Intensificam-se as lógicas e dinâmicas que maximizam o assalto ao Poder; como aqui anunciei, em Março apareceria Abel Chivikuvuku a caminho da liderança de um Bloco, esperando-se para muito breve a adesão de Tchizé dos Santos à UNITA com o compromisso de ilegibilidade.

Adalberto Costa Júnior corre atrás de uma liderança cada vez mais solitária; hoje no Galo Negro já é indisfarçável a irregularidade nas contas bem como aventuras infantis do líder que já vão no assédio sexual a jovens da JURA, ressaltando em tão pouco tempo a sua imaturidade.

Causou também mal estar o facto de os filhos de Jonas Savimbi terem agradecido a João Lourenço a libertação dos restos mortais do pai, que deu lugar a um honroso sepultamento, e a disponibilidade do Presidente da República em recebê-los brevemente.

Adalberto Costa Júnior escolheu como alvo da ira, do racismo e do tribalismo, próprios do Galo Negro para estigmatizar o general Fernando Miala, e os “marimbondos” querem urgência no engrossar da Convulsão Social, antes mesmo de as privatizações abrangerem bens que lhes foram arrestados e que pensam reaver.

A Pandemia tem dificultado o acesso do Exterior ao território Nacional. Eugénio Manuvakola, elo de ligação aos financiadores santistas, já deu garantias que haverá instabilidade para que João Lourenço vacile e adie medidas que concretizem a perda dos bens, depois da chegada de milhares de pessoas das províncias à zona de Caxito, há agora uma intensa lotação nos Zangos até ao Kikolo.

Adalberto da Costa Júnior aposta forte em Benguela como ensaio para Luanda. Não obstante percorrer outras províncias, o líder entende Benguela como sendo de fulcral estratégia para a sua manutenção na UNITA, mesmo quando na casa da Vila Alice já se conjecture a possibilidade de um Congresso Extraordinário para solicitar uma Moção de Confiança, que nesta altura seria dramático para ACJ. 

Entendo que a UNITA está a enveredar por caminhos bastante sinuosos, entre lógicas e dinâmicas sobra a força e bastantes ocasiões houve em que o desfecho foi sempre o mesmo. Garantir a Ordem Pública é um acto de soberania nacional, a defesa da Constituição e do Estado de Direito são o que confere dignidade à cidadania e honorabilidade aos cidadãos, é natural que as Forças Armadas actuem se o desafio à normalidade persistir na verborreia e no ego de um líder que não sabe sê-lo.

Kuma