As falsidades dos apaniguados de Isabel dos Santos. A imparcialidade dos juízes das Ilhas Virgens Britânicas

ByTribuna

9 de Dezembro, 2020

Isabel dos Santos perdeu o controlo da companhia Vidatel, que detinha 25% da companhia de telecomunicações angolana UNITEL por decisão do Tribunal Supremo das Ilhas Virgens Britânicas onde estava registada aquela empresa. Foram nomeados administradores judiciais que devem tomar todas as medidas que considerem necessárias ou desejáveis, incluindo nomeadamente medidas para proteger os Activos Relevantes, sendo que como resultado desta decisão, a Vidatel deixa de estar sob controlo de Isabel dos Santos e, consequentemente, os 25% das acções da UNITEL detidos por aquela empresa, Vidatel, deixam igualmente de estar sob controlo de Isabel dos Santos.

Esta decisão não espanta, o que espanta é a resposta que uma série de apaniguados de Isabel dos Santos se apressaram a dar. Em vez de explicarem o que ela tinha feito ou mesmo apresentar a sua defesa, vêm dizer que a justiça é parcial e que a pobre princesa está a ser perseguida.

Isto é uma brincadeira! A justiça das Ilhas Virgens Britânicas parcial relativamente a Isabel dos Santos? Provavelmente, os juízes nem conhecem ou sabem quem é Isabel dos Santos.

Quem tem acompanhado a saga judicial dela nestas Ilhas sabe que ela já foi condenada várias vezes e deixou uma muito má impressão na barra do tribunal. Porque será? Em 2016, numa decisão que foi tornada pública, o juiz Farara das Ilhas Virgens Britâncias confirma que Isabel dos Santos cometeu actos fraudulentos e desonestos na gestão da Unitel. No parágrafo 115 da sua decisão, Gerard Farara escreve que grandes somas da Unitel foram transferidas para empresas de propriedade e controladas por Isabel dos Santos, sem nenhum benefício discernível para a Unitel. Mais acrescentou o juiz que Isabel, através da empresa Vidatel, actuou de maneira desonesta ou fraudulenta, e com um padrão inaceitavelmente baixo de moral comercial.

O poder judicial das Ilhas Virgens Britânicas é baseado no poder judicial do Reino Unido. As Ilhas Virgens Britânicas são um estado-membro do Suprema Tribunal das Caraíbas Orientais. Os tribunais são organizados em quatro níveis, incluindo o recurso final ao Comité Judicial do Conselho Privado de Londres. Nas Ilhas Virgens Britânicas, a juíza que preside ao Tribunal Supremo é Vicki Ann Ellis desde 2012. Ellis é licenciada em direito pela University of the West Indies. Trabalhou como advogada em Santa Lúcia de 1996 a 2003, incluindo vários anos como advogada da Coroa. Em 2003, ela mudou-se para as Ilhas Caimão, onde foi Advogada Geral Adjunta, cargo que ocupou até 2012. Ela obteve um diploma de LLM pela Universidade de Londres em 2005.

Temos um sistema que nada tem a ver com Angola ou com Portugal, não existe nenhuma razão para ser parcial em relação a Isabel dos Santos. O que acontece é que descobre e escalpeliza os vários actos de Isabel não tendo medo em concluir que foram ilegais.

Com Isabel as mentiras sucedem-se e infelizmente os bobos da corte não desistem de repetir as suas pantominices.