UNITA para lamentar

ByTribuna

24 de Novembro, 2020

O azoto do etno-nacionalismo está a ser garantido pela botija do império da hegemonia unipolar, por via dos seus enredos de democracia representativa que, em relação a Angola, constata-se ser uma contínua armadilha!

Todas as instituições do estado estão reféns desse inquinado processo e com isso, estão reféns todos os angolanos desejosos de paz e desenvolvimento sustentável em benefício do presente e das futuras gerações!

De entre esses enredos “coloridamente democráticos”, o recurso a doutrinas de laboratório que estão à disposição, como as de George Soros, Leo Strauss e Gene Sharp, chocam já contra o estado angolano, subvertem a Constituição e são um obstáculo permanente a qualquer política que procure encontrar soluções de desenvolvimento sustentável, particularmente quando os riscos que pendem sobre Angola deixam “providencialmente” de ser considerados!

Se com Savimbi a UNITA esteve de cócoras perante Salazar e Marcelo Caetano, de cócoras face aos Botha, de cócoras sob a égide refractária de Mobutu, de cócoras na filiação de Ronald Reagan, de cócoras perante o Director da CIA e Presidente dos Estados Unidos de nome George W. Bush (pai), com a actual direcção a UNITA apresta-se a estar de cócoras face à eclosão de Joe Biden.

O estado angolano e os angolanos, só devem esperar enredos azotados nos tempos mais próximos e se vamos ter uma UNITA para lamentar, por que razão ela, ao colocar a Constituição tantas vezes em causa, tem mais assento no Parlamento e não passa definitivamente para a rua?

Martinho Júnior