O “Miau” e o “Tagarela Ignorante”

ByKuma

21 de Outubro, 2025

O assumido herdeiro de Savimbi, o rapaz da Mocidade Portuguesa no Huambo, Lukamba “Miau” Gato, que tem na sua sala de visitas no palacete na Vila Alice, pasme-se, um retrato de Jonas Savimbi e outro com José Eduardo dos Santos.
Ontem veio a público responder aos que criticaram a condecoração do Cinquentenário a Jonas Savimbi, um político militar terrorista e assassino.
Sim, o Senhor Presidente da República, num gesto magnânimo, perdoou Jonas Savimbi,o homem que dizia nas tribunas da propaganda que , em primeiro lugar estava o angolano, em segundo o angolano, em terceiro o angolano, num exercício de pura demagogia, quando foi sempre dependente de terceiros, foi sempre um alienado, que passou pela fundação com os portugueses, depois zangado virou-se para os chineses, e mais tarde já após a Independência, dos sul-africanos do Apartheid, e dos americanos da CIA.
A UNITA chegou à Independência sem exército, foi já em 1975, que após a desmobilização dos angolanos das Forças Armadas Portuguesas, que os ex-oficiais do Grupo de Cavalaria nº1, no Bié, Samuel Sachiambo e Waldemar Chindondo, colocaram de pé uma estrutura militar, as FALA, com a participação ativa dos primeiros Furriéis da Psico, formados na IAMA, no Huambo, João Baptista Tchindande e Demóstenes Chilingutila,  que foram o verdadeiro embrião da militarização decente da UNITA. Da tal luta armada, sobravam Jeremias Cussya e Oseias Epalanga.
Na política sobressaiam intelectuais como Jorge Sagumba, e depois, Wilson dos Santos, Tito Chingunji, Jorge Valentim e Jaka Jamba, este último que vinha do Colégio de Oeiras, em Portugal. Todos eles, pela sua capacidade de liderança, pela sua capacidade intelectual e política, foram barbaramente assassinados, escaparam os que fugiram.
 O “tagarela Ignorante”, Adriano Sapiñala, nascido em 1977, filho de pai feiticeiro que reduziu a cinzas a própria mãe, Samuel Chiwale, nos seus delírios de propaganda alucinantes, vem a público dizer que o MPLA não tinha generais, só havia na UNITA. Quando da criação das FAA – Forças Armadas de Angola, um dos mais prestigiados generais portugueses, Tomé Pinto, esteve em Angola para coordenar as FAA, e afirmou, está escrito para a história, que só havia dois generais capazes de comandar as FAA, João de Matos e Demóstenes Chilingutila.
O imbecil idiota propagandista, que em 1992 tinha 15 anos, é um pateta alienado ao protagonismo balofo, que deveria informar-nos o seguinte: Quem nomeou generais os militares da UNITA? Em que escola superior militar frequentaram e fizeram formação militar? Qual seria o destino de Sachipengo Numa, se não deserta-se  para o MPLA? 
Aconselho o Lukamba “Miau” Gato e o Adriano Sapiñala, bem como Higino Carneiro, Fernando da Piedade Dias “Nandô” dos Santos,a consultarem, como eu fiz, a Torre do Tombo, em Lisboa, para verificarem o que a História de Angola lhes reserva.
Quanto mais conhecimento os historiadores forem debitando para a verdade dos factos de antes, durante e depois da nossa Independência, mais será compreensível e valorizado o gesto de João Lourenço, foi um momento histórico, e ainda bem que foi protagonizado na Assembleia Nacional, e para calar dos idiotas úteis e os golpistas de ocasião, tivemos a reação e impulsão unânime nos aplauso demorados, emotivos, e de grande satisfação no Parlamento.
Está aberto o diálogo, por favor não o contaminem com aventuras megalómanas, a Refundação do Estado é um imperativo para que possamos começar com liberdade, democracia, esperança, a implantação da Nova República.