Ninguém deseja apagar ou impedir a crítica, o que se deseja é silenciar a maledicência, a crítica verdadeira é sempre construtiva, é bem vinda, a maldizente é corrosiva e geradora de antagonismos desnecessários. Quando o Senhor Presidente da República afirmou que Angola é de todos, alertou implicitamente que cada um de nós deverá assumir a responsabilidade de responsabilidade construtiva na defesa da cidadania.
Os sinais que em tempos idos mancharam e dificultaram o desenvolvimento em Angola, eram de uma evidência tal que o nosso País estava sinalizado como um antro de corrupção institucionalizada no próprio Estado, com comportamentos arrogantemente vergonhosos e ultrajantes. Felizmente essa fase é um passado que todos entristece, ficando retidas na memória coletiva os exibicionismos insultuosos, como o casamento da filha de Nandô, os aniversários de Bento Bento, o despesismo supérfluo de Higino Carneiro, e as imparáveis incursões de Manuel Vicente e Isabel dos Santos, no negócios milionários na restrita bolha de investimentos internacionais.
Muito mudou a partir de 2017, mas infelizmente, para quem anda na estrada transportando o progresso, enfrenta barreiras de uma corrupção prepotente e ameaçadora, que continua a ser um mal terrível que mina a credibilidade interna de um Estado, que ao mais alto nível já conseguiu mudar a face, beneficiando claramente o País. Esse trabalho foi desenvolvido pessoalmente por João Lourenço, assessorado pelos Serviços de Inteligência, que no palco internacional e percepção negativa já desanuviou consideravelmente.
Depois de tantos eventos internacionais já terem sido realizados em Angola nos últimos anos, há dias Angola acabou de conquistar um marco histórico. Foi anunciado, em Berlim, Alemanha, que será o país anfitrião da ITB Berlim 2026, a maior e mais prestigiada feira internacional de turismo e viagens do mundo. A distinção, oficializada nas instalações da Embaixada de Angola na Alemanha, representa o reconhecimento internacional do potencial turístico angolano, que está a despertar as Tour Operator, que vêm Angola com potencial para grandes investimentos no sector. Nalguns países africanos e nas Caraíbas, o turismo transformou-se na mais valia de receitas desses Estados, e o sector de maior empregabilidade de mão de obra qualificada.
Cabe-nos a nós, cada um de nós, ser um elo de estabilidade e não alinhar em aventuras que fomentam egoísmos e até narcisismo, que infelizmente insinuam que podemos ser felizes sozinhos. A felicidade é uma caminho partilhado, temos de escalar a montanha de mãos dadas, é assim que devemos assumir o desafio de uma Angola para todos.
Podemos sim, todos, corrigir o que está mal e melhorar o que está bem, há dias de sol e de tempestade, porque a vida é bela mas tem em cada um dos seus dias, uma lição, juntos vamos conseguir, eu acredito na mudança, desejo uma Nova República.