Luanda é Angola, mas Angola não é Luanda, a mentira, a intriga, a maledicência são tão enganadoras como ilusórias, e bastou um choque de realidade factual, para nocautear o enxame que gravita e se alimenta deste veneno hermético contagioso.
O Senhor Presidente da República, sem pronunciar, insinuar, ou sondar a ideia de um Terceiro Mandato, limitou-se a falar de obra feita, obra reconstruída que a UNITA destruiu, respeito pela legalidade democrática, e muita e verdadeira preocupação na economia, na educação, na saúde, na solidariedade social, não obstante melhorias significativas, num mundo com uma globalização agitada, efervescente, a avesso a aventureirismo.
Ainda assim há realizações notáveis que não podem ser escamoteadas, as tão criticadas viagens de João Lourenço, sempre com Angola na bagagem, granjearam benefícios inegáveis e indesmentíveis.
A dívida externa passou de quase 120% do PIB, para cerca de metade, ou seja 60%.
Vão perguntar aos milhares de doentes que têm as suas vidas dependentes de Hemodiálise, e aos seus familiares, quanto valem os benefícios que hoje desfrutam?
Vão perguntar aos milhares de pastores e agricultores do Cunene, que viveram o pesadelo, tantas vezes fatal, e vidas destruídas e desfeitas em consequência das persistentes secas. Hoje florescem espaços verdes das terras férteis irrigadas por canais, com uma produção agropecuária invejável, com investimentos crescentes.
Inauguram-se escolas, multiplicam-se salas de aulas, dobram-se esforços na formação, a demanda é única mesmo em África, nascem em Angola 500.000 crianças anualmente, que rapidamente estão em idade escolar.
A oposição perdeu o Norte, o Sul, o Este e o Oeste, e voltou à bóia escapatória, quer rapidamente umas autarquias sem quadros, sem fundos, que teriam uma proliferação de empregos de amigos e familiares desqualificados, abusos de autoridade, insolvências, enquanto muitas dificuldades irão continuar irresolúveis enquanto não se resolver através de um Pacto Social e Político, envolvendo todo o sector terciário e religioso, para dar início a um real desanuviamento da pressão demográfica na Área Metropolitana de capital.
De resto, está no Cinquentenário uma data oportuna, e veem aí os Congressos dos dois maiores Partidos nacionais, e ambos deveriam convergir com transparência, frontalidade, e determinação democrática, na Refundação do Estado. Este desiderato engloba tudo é exigível numa Nova República.
A vertigem da Verdade
