Legitimidade Condicionada

ByKuma

6 de Maio, 2025

Somos bombardeados com verborreias insanas, repetidas até à exaustão, apelando à legitimidade de João Lourenço, que está mandatado pelo Povo, para exercer a Presidência da República até 2027. O que poderá dizer-se do bacharel tirano psicopata mentiroso ACJ “Betinho”, que tem o seu mandato como líder da UNITA a terminar em Agosto de 2025? São estas incongruências que fazem dos tais ativistas uns parasitas dependentes, que cada vez mais são tidos como execráveis residuais de uma Sociedade adulta e democrática.

Mas a legitimidade do líder da UNITA, como é já um facto adquirido, está em risco mesmo com o público contorcionismo do bacharel, a sua megalomania gera instabilidade pessoal, que inevitavelmente contagia todos ao seu redor, e do imediatismo que caracteriza a sua gestão, emerge uma ausência de estratégia que já não esconde as derrotas nos desafios que se avizinham.

Hoje o líder do Galo Negro tem quase concretizada a mestiçagem na sua liderança, é um objetivo que já não é novo, a juntar-se a Francisco Viana, Joaquim Ribeiro, Raúl Dinis, tem agora como referência Irina Dinis, além dos três mestiços de Benguela do grupo do Kalu, que já vem de família e do seminário.

O descontentamento é maior nas províncias, entendem que a gestão da relação com Abel Chivukuvuku foi um desastre, e há um descontentamento generalizado dos ex-combatentes, embriagaram-nos com promessas, andaram depois da guerra no garimpo, entregaram quilos de diamantes e ouro, andaram a apanhar mel, a levar às costas para a Namíbia, e até hoje o sargento Lukamba “Miau” Gato e Marcial Dachala, nunca deram atenção.

Escrevo este artigo depois de almoçar com dois dirigentes da UNITA, que acabaram de chegar das províncias, e trouxeram na bagagem uma revolta que os levam a deixar a militância partidária.

A sempre criticada comunicação social estatizada, por inoperância, se cumprisse verdadeiramente o seu papel, mesmo como referência para a nossa história, deveria percorrer Angola e ouvir e ver quem fez e quem não fez, para calar muita gente com a verdade.