Já se esperava. O famoso diálogo nacional da Ordem dos Advogados sobre a legislação eleitoral não passa duma farsa.

Dos vários oradores, apenas uma pequena minoria sabe do que fala, tem algum conhecimento técnico. A larga maioria são os activistas do costume que sabem tanto de leis eleitorais como eu de cultivo de nabos no planalto central, isto é, nada.

Portanto, não vamos ter nenhum diálogo nacional, mas sim uma gritaria nacional contra o poder soberano da Assembleia Nacional em legislar. A Ordem dos Advogados coloca-se, mais uma vez, como uma ONG da UNITA-ACJ e dos santistas revanchistas e não como uma instituição que exerce funções delegadas do Estado.

O ministro da Justiça deveria intervir a acabar com este desvio de fim que está a acometer a Ordem. Começa a ser um problema preocupante ter uma instituição que exerce funções do Estado a servir de instrumento dum partido político com intenções subversivas.

A maioria da Assembleia Nacional tem toda a legitimidade legal e política para aprovar modficiações à lei eleittoral desde que conformes com a Constituição. Portanto, o que é que a Ordem não percebe nisto.

Os da gritaria não vale a pena…só sabem dizer mal, a maior parte das vezes sem perceberem o que dizem, a história vai-se repetir.