Está em marcha uma purga no galinheiro, aproxima-se a data obrigatória do Congresso, e afinam-se as baionetas. Os militantes candidatos a delegados têm de assinar um termo confidencial, em que juram por sua honra odiar João Lourenço, Fernando Miala, e obedecer às ordens emanadas do Partido.

Simultaneamente, há um cerco a todos aqueles suspeitos de poderem optar por ordens de Isaías Samakuva. Assente na metodologia habitual,o antigo líder do Galo Negro pode mesmo ver o seu espaço bloqueado.

O bacharel tirano psicopata mentiroso terrorista Adalberto Costa Júnior criou um núcleo duro que nada tem a ver com a militância, os seus amigos Ribeiro de Ekunha, Kalu de Benguela, e o descarado multifacetado Francisco Viana, compõem os trupe dos seus mais próximos, o resto são negociações a ver quem engana alguém, e o assédio dos cipaios no jogo do medo.

Um grupo de intelectuais da UNITA, desligados da actividade política, reuniu num restaurante na Barra do Cuanza, e congratulou-se com o facto de João Lourenço ter colocado na listas dos medalhados do cinquentenário, Jaka Jamba, Jorge Valentim, embora tenha faltado Wilson dos Santos, Tito Chingunji, como ícones da barbárie contra a democracia em que acreditavam. No entanto, a exemplo da libertação dos restos mortais de Jonas Savimbi e outros dirigentes da UNITA, e da Fundação Jonas Savimbi, em que se associaram aos filhos do Fundador, preferiram o silêncio para não sofrerem represálias.

É este circo oposicionista que se torna mediático pelo somatório das contradições e incongruências, mas felizmente há um antídoto para minimizar esse entretenimento, o País não pára, o Governo governa alheio ao ruído, e até a Justiça vai dando sinais da sua existência, faltando apenas operacionalidade do Ministério Público, que se auto desvaloriza com tanta tolerância ou cumolicidade, para com os desafios ao Estado Democrático de Direito.

Todavia, ontem mesmo foi dado a conhecer a quase conclusão de um projecto industrial de grande envergadura, angolano, do Grupo Silvestre Tulumba, no Kikuxi. 

A infra-estrutura industrial, que será inaugurada em Setembro no âmbito dos 50 anos da Independência Nacional, vai produzir massas alimentícias, óleos alimentares de soja, girassol e palma, ketchup, mayonese, mostarda, bolachas, yogurte, leite, queijo, manteiga e leite condensado.

No domínio das bebidas, destacam-se refrigerantes, sumos naturais, água de mesa, cerveja e vinhos, que serão complementados por produtos de higiene como papel higiénico, guardanapos de papel, rolos de cozinha, fraldas descartáveis, pensos higiénicos, pasta dentífrica, shampoo, gel de banho, sabonetes e lixívia, assim como outros bens de consumo indispensáveis ao dia-a-dia dos angolanos. Acresce  que de imediato vai gerar mais de 4 mil postos de trabalho para jovens angolanos.

Também ficamos a saber que com a perspectiva do funcionamento regular do Corredor do Lobito, a Coca Cola, Fanta e Sprite, vai aumentar a sua produção na Catumbela, vai reativar no Huambo, para servir no futuro os mercados da RDC e da Zâmbia.

São estas as diferenças que a cegueira dos que não querem ver, deturpam e escamoteiam, para manterem viva a sua alienação como “modus vivendi”.