O mundo está tomado pelos medos, erguem-se de novo fronteiras, dispara a inflação, há efeitos diretos e colaterais, estranhamente parece que todos perdem, mas a clandestinidade e a especulação ganham espaço e agitam-se, mas no final que não tardará vão triunfar os que não cedem e com astúcia transformam as dificuldades em oportunidades.
Angola conquistou com João Lourenço um lugar no espaço que está a ser fustigado, e os oportunistas da Bolha Colorida liderada pela UNITA do bacharel tirano psicopata mentiroso Adalberto Costa Júnior “Betinho”, logo subiram ao palco, acionaram os avençados e foragidos, e como sempre, acenaram com petróleo e diamantes, enquanto Angola precisa de produzir e transformar, produtos agrícolas e de origem animal e do mar, cujo crescimento já se nota no crescimento económico nacional.
Angola será até 2026 um produtor de produtos farmacêuticos, vai começar a exportar açúcar em quantidades industriais, já está a exportar para a Europa e Estados Unidos, banana, manga, e temos a produção de café em franco crescimento, numa altura em que a cotação internacional cresce todos os dias.
Do mar já se abastece a RDC, do Dombe Grande já saem milhares de toneladas de tomate e feijão, para a RCD e Namíbia.
Angola já está pronta para exportar energia, cimento, tintas, e madeira trabalhada. A partir de 2026 já vamos refinar o nosso petróleo para consumo interno, e o Governo está a promover a agricultura familiar na busca de auto suficiência local.
Enquanto isto, a cegueira pelo Poder agita os abutres que berram em couro com cantigas gastas, é vergonhosa a vitimização, as orações de mártires, insultam, agridem, não vão mais longe porque os cidadãos já vivem indiferentes ao permanente desgaste e combate à autoestima, na agenda constam apenas referências ao passado, o cerne da saudade que os aflige.
Hoje vou contar um episódio que reflete o pensamento dos dirigentes da UNITA. José Eduardo dos Santos, quando comprou o silêncio do Galo Negro, ofereceu terrenos a todos, casas em Luanda, terrenos nas províncias, e 90% deles estão abandonados, improdutivos.
Um dia, um proeminente dirigente da cúpula pediu-me que arranjasse uma parceria para Ernesto Mulato. Ele dispõe de uma propriedade onde há uma mina de mármore de grande porte. Só que ele quer dinheiro e maioria na sociedade, assim não conseguiu até hoje um parceiro para exploração.
Há muitas histórias similares, dariam para um livro. Como pode um país progredir com mentalidades assim? Qual o dirigente da UNITA ou ex-dirigente, depois de tantos impulsos que José Eduardo dos Santos facultou, tem hoje uma empresa produtiva, geradora de emprego, em Angola?
São estes, também, os sinais de quem tem capacidade de gestão, e a fragmentação do Galo Negro advém de conflitos e dependências económicas, e o poder repartido entre Isaías Samakuva e Lukamba “Miau” Gato, e que um nunca apresentou contas externas de Jonas Savimbi, e o outro nunca deu contas da herança da Jamba.
O certo é que são os patrões dos “maninhos”. A Oposição, toda a Oposição, mesmo a do MPLA, procura que os cidadãos consintam uma certa cumplicidade vergonhosa, mas nesse trajeto escuro há sempre uma luz que se acende, há uma voz que diz não, e então vem à tona uma realidade implacável, chama-se Democracia que se alimenta de Liberdade e Transparência.