Já aqui repeti inúmeras vezes que os rótulos e ameaças resvalam na minha indiferença, o meu amanhã não depende esquemas e aventureirismos, sou pobre, livre e independente, isso dá-me tranquilidade e legitimidade para ser frontal, equidistante, e não depender de fretes para viver na minha simplicidade e no meu sossego.

Conheço muitos dos protagonistas da Bolha Colorida, não só da política, e sei que no cardápio sempre permaneceram a arrogância e a simulação de uma força que nunca tiveram, e a prova factual, é a verdade gasta de terem trocado o silêncio cúmplice pelas benesses de José Eduardo dos Santos.

Hoje, estou plenamente convicto, que a esmagadora maioria repetiria a mesma postura, por uma benesse de João Lourenço, só que quando se acredita na democracia, quando se tem a convicção de estar a fazer-se o melhor, não há brindes para quem faz de Angola uma coutada para joguinhos de conveniências.

A Oposição sabe que não vencerá nenhuma eleição, os álibis foram sempre os mesmos, no fundo nem sequer querem eleições, e o azar é que já não metem medo e ninguém, as ameaças de arruaças, de morte a Fernando Miala, de queda de João Lourenço, são entretenimentos de recreio, e as divisões simuladas já não passam de jogos de cabra cega, já não iludem ninguém.

A maior fraqueza da Oposição está na luta interna pelos lugares no Parlamento, são um punhado de políticos profissionais que não têm horizontes fora da política, daí a ilusão das autarquias, para as quais não têm nenhuma preparação nem conhecimento das suas implicações.

Tenho contactos diários com companheiros e amigos de longa data, muitos comungam comigo, hoje inimigos, amanhã amigos, hoje ameaçam-se, amanhã brindam, é tudo uma questão de números. 

O bacharel tirano psicopata mentiroso Adalberto Costa Júnior “Betinho”, vive um grande dilema, deixando a liderança da UNITA, não sabe se fica em Angola ou regressa a Portugal, há quem diga que fixar-se-ia nos Estados Unidos já que a esposa tem nacionalidade americana.

O dilema é que o Galo Negro está tecnicamente insolvente, se não houver uma conjuntura que crie alguma perspetiva ilusória de conquista do Poder, os financiadores e especuladores não só fecharão as torneiras, como irão cobrar as aventuras do passado recente.

Algo bastante positivo emerge na penumbra da Nova Ordem Mundial, o banditismo, os aventureirismos, os foragidos, e os brincalhões das redes sociais digitais, têm os dias contados, e como parte integrante desses palcos decisórios, o Senhor Presidente da República vai navegando no seu mar de tranquilidade.