Para quem viveu os anos 70 e 80 do séc.XX, temos hoje similitudes na nossa oca oposição, que viveu o apogeu em 2022, e desde então, afundou em esquemas e clandestinidades para adiar a queda fatal.
No final do século passado, os Partidos Comunistas desfrutavam de um espaço que lhes garantia a sobrevivência, nos sindicatos, nas universidades, e nas utopias que captavam a irreverência da juventude, todavia, o mundo não pára, o tempo passa, e sobraram uma permanente postura do contra, o que os levou à queda inevitável, situados hoje em valores residuais assentes num saudosismo de uma terceira idade que vai chegando inexoravelmente ao fim.
No dealbar do séc.XX fomos assistindo progressivamente ao desvanecimento das ideologias, emergiu o protagonismo das lideranças, e uma solidariedade entre Estados baseada na confiança e no compromisso.
Assim foi a Oposição em Angola liderada pela UNITA, perdeu o pragmatismo de Jonas Savimbi, mesmo torpe, foi salva pela misericórdia de José Eduardo dos Santos, que os domesticou, e que acabou por ser capturada por sonhadores e um somatório de inadaptados, liderados pela fantasiosa mente megalómana do bacharel tirano psicopata mentiroso Adalberto Costa Júnior “Betinho”.
O pragmatismo do Senhor Presidente da República atingiu um desiderato tal, que o seu silêncio interno provoca uma erosão na Oposição, e só ele mesmo para liderar a renovação que se impõe no MPLA para salvar-se dos resquícios da Independência.
Para além da crítica vazia, não se conhece em toda a Oposição uma proposta concreta de modelo de governação, não vislumbramos uma relação internacional que possa espelhar um modelo, pelo contrário, além do bota abaixo perene, na fotografia só vemos a cores, as divisões, os antagonismos, as disputas por um lugar de destaque no retrato.
Cada vez mais Angola não pode voltar às indefinições e vícios que nos paralisaram durante décadas, hoje a globalização impõe Acordos de médio e longo prazos, a nossa matriz de desenvolvimento cada vez mais enraizada e a dar frutos, diz-nos no espaço e no tempo, que passará sempre pela mão de João Lourenço, qualquer solução válida para lá de 2027.
O hoje está a acontecer, o amanhã começou ontem, olhemos o futuro pelo pára brisas panorâmico, vejamos pelo retrovisor o passado, com certeza, poucos, muitos poucos querem voltar, foi agarrado a esse passado que os comunistas fecharam a porta, é presa a essa teimosia que a Oposição em Angola, irá ficar pelo caminho.