A Encruzilhada Fatal

ByKuma

17 de Janeiro, 2025

Adalberto Costa Júnior e Abel Epalanga Chivukuvuku, às escondidas, com truques de bastidores, mostram-se ambos empenhados na urgência de formalizar a FPU, cada um à sua maneira vê na coligação o esconderijo da salvação.

Adalberto Costa Júnior, antes do congresso do Galo Negro, quer livrar-se da UNITA radical, belicista, conflituosa, liderada por Lukamba “Miau” Gato e Eugénio Manuvakola, mas quer também defender-se da linha moderada e dialogante de Isaías Samakuva, que se movimenta para apoiar uma lista alternativa.

Na radical aparece cada vez mais a liderança de Navita Ngolo/Ekuva Estrela, e na de Samakuva surge Alcides Sakala, que já fechou as portas ao ACJ “Betinho” nos apoiantes de Lisboa, liderados pelo seu compadre João Soares.

Abel Chivukuvuku cada vez mais mergulhado na dúvida da sua liderança no PRA-JA, tenta empurrar o congresso obrigatório para 2026, e vive o drama de ter sido desprezado liminarmente pelo MPLA na sua tentativa de colagem.

De momento acompanha-o o capanga Francisco Viana, sabendo que na FPU há apenas um poleiro para dois galitos, aposta na liderança de Chivukuvuku.

Mas há já um conflito grave entre a UNITA e o PRA-JA, ACJ “Betinho” não quer pagar as avenças dos deputados do PRA-JA, as relações estão tensas, e as bases da UNITA estão cada vez mais distantes do Partido, a recolha de fundos é quase nula, muitas delas estão a encerrar completamente divorciadas da nomenklatura fixada na capital.

Na encruzilhada distancia-se cada vez mais João Lourenço, mais um êxito absoluto em França, sintonia completa com Emanuelle Macron, e soube transmitir a segurança, estabilidade, e o momento de investir em Angola, e são múltiplas as empresas francesas que querem investir em Angola, nos mais diversos domínios.

Foi transmitido a João Lourenço a disponibilidade da Dassault Aviation, fabricante dos aviões militares MIRAGE, fornecer a Angola equipamento de ponta, já que há unanimidade nos centros de decisão internacionais, que Angola é e será o factor de estabilidade regional, e que dispõe das Forças Armadas e Serviços de Inteligência mais confiantes em África.

Cada vez mais o nosso País começa a tropeçar numa Constituição emperrada e prisioneira de um passado que a nova dinâmica e a narrativa da Nova República exigem, sem Oposição capaz de partilhar e dialogar, é hora de ouvir a Academia, e dar voz ao Povo, vivemos um tempo de mudança que passa rapidamente, e o futuro constrói-se sempre olhando em frente.