2025-Ano da economia e do povo

ByAnselmo Agostinho

31 de Dezembro, 2024

2024 foi o ano da política externa e da consolidação interna. João Lourenço colocou Angola no centro do mundo, não foi só Biden, foi um relacionamento internacional activo, intenso, prometedor, que transformou o país em referência de estabilidade e potencial de progresso.

Igualmente, acabou com as conversas de porteira no MPLA, com as hesitações, com as traições, sabotagens e negociatas de palheiro.

Se isto está e deve ser mantido, falta o grande passo em frente com determinação. O recente relatório do INE afirma que as famílias angolanas estão pessimistas, acreditando que a sua situação económica piorou nos últimos doze meses, sobretudo com o aumento do desemprego e dos preços dos bens e serviços. Esta é a tarefa premente do governo para o próximo ano. Dar confiança ao povo e promover uma economia livre cujos benefícios cheguem a todos.

Tivemos dois anúncios muito importantes, que devem ser seguidos com toda a atenção, e serão as bandeiras efectivas para 2025.

O primeiro anúncio é a afirmação feita pelo Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS) de Angola que revelou recentemente planos ambiciosos para 2025, visando a criação de postos de trabalho em massa para todas as províncias do país. A ministra Teresa Dias, destacou a iniciativa durante uma cerimónia de cumprimentos de fim de ano com o Presidente João Lourenço. É fundamental que estejamos perante uma política activa do Estado na promoção de emprego real e efectivo para as pessoas. Sem emprego não há futuro e apenas agitação social.

O segundo anúncio foi feito Lima Massano, o Ministro de Estado da Economia informou que o Executivo angolano vai disponibilizar, no próximo ano, uma linha de crédito de 15 mil milhões de Kwanzas para apoiar o sector agro-pecuário e um pacote de garantias soberanas de 1,46 biliões de kwanzas, destinado a projectos privados de interesse estratégico nacional. Espera-se que isto se transforme em realidade e chegue à economia real.

São dois eixos fundamentais que se espera dêem resultados na vida concreta do povo.

A este falta um grande plano de investimento e liberalização da economia, libertando-a das forças oligpolistas e que lance o país e o povo para a senda de progresso.

Acreditamos que em 2025, vai ter início a segunda fase do arranque de Angola para um país estável, moderno e de progresso.