Previsibilidade Louca

ByKuma

30 de Dezembro, 2024

Não está sozinho, a loucura já é uma certeza, dela ressalta um aventureirismo ilimitado, e claramente, antes do previsto, Venâncio Mondlane revela a grande verdade, ele não quer Moçambique, nem Maputo, quer metade de território onde há a perspectiva de milhões do Gás Natural, onde está a Hidroeléctrica de Cahora Bassa, para isso acaba de anunciar para dia 15 de Janeiro a proclamação de Nova República Popular, negando a Constituição, a União Africana, e assumindo unilateralmente a liderança, contradição pelo que a sua postura perante a derrota face à FRELIMO em recentes eleições.

O delírio é tão grande que o aventureirismo subversivo vai mais longe, Venâncio Mondlane quer ser o paradigma de uma mudança em África, para isso apela a um passado remoto, a um posicionamento ancestral, o que claramente obrigaria a um isolamento numa altura em que o mundo derruba fronteiras.

Seria hilariante se não fosse trágico, os mandantes têm as suas garras e objectivos apontadas a Moçambique, os especuladores têm a RDC fragmentada, têm na UNITA um instrumento do separatismo em Angola, e além destas lanças como Venâncio Mondlane e Adalberto Costa Júnior, têm como retaguarda destas coberturas religiosas, também elas em confronto, como o catolicismo e o islamismo.

Não faltam promessas, milhões para os empresários, mais milhões para os jovens, ainda mais milhões para as mulheres, mas sem um modelo que nos diga que modelo económico, educativo, social, saúde, e desenvolvimento.

Temos muito disso em Angola, felizmente o nosso País, a olhos vistos, não é Moçambique, nem sequer a Ordem Pública chegaria a tanto, a resposta da autoridade democrática rapidamente reagiria, nem o nível do nosso governo, das nossas instituições, forças policiais ou Forças Armadas, estão comparadas com as congéneres moçambicanas, isso ressalta aos olhos do mundo.

Mas, mais uma vez, não sendo jurista, lamento que a CPLP esteja em silêncio, deveria haver instrumentos de solidariedade e intervenção na defesa do Estado de Direito, assumindo uma intermediação sólida. Espanta-me também, que Joaquim Chissano, Graça Machel, Mia Couto, que gozam de prestígio internacional, estejam em silêncio assistindo o caos,com a morte de tantos inocentes e destruição de património irrecuperável.

Mais uma vez, surge um bem falante como paladino do caos, inflamando a crítica vazia, a nova bandeira pintada de sangue, de destruição, explorando empresários e trabalhadores, colocando no tabuleiro um confronto religioso, proclamando tudo quanto possa dividir, mas estou certo que podemos ter mais instabilidade, mas este regresso ao passado em Moçambique não vencerá, mas servirá para verificarmos o que poderá acontecer noutras paragens se vacilarem na Ordem Pública.