É tempo de Paz de tolerância, ainda assim, face à ofensiva dos que insistem em similitudes que nada têm a ver, tivemos ainda o exercício de Abel Epalanga Chivukuvuku em busca de salvação, não ficaria bem com a minha consciência se não viesse aqui, meu refúgio de cidadania, interpelar os alguéns que me suscitam dúvidas por dizerem respeito ao coletivo angolano a que honrosamente sou parte.
A FPU é uma entidade legal? Quem é a Sociedade Civil legal que intervém politicamente em Angola, mandatada para participar em agrupamento político? Quando é que Abel Epalanga Chivukuvuku foi eleito em Congresso líder do PRA-JA Servir Angola, onde já há pública e notoriamente divergência e contradições dos seus membros fundadores? O que levou Chivukuvuku a adiar o Congresso eletivo de 2025 para 2026? Já nem os votos no Partido lhe dão segurança vencedora?
Na UNITA, toda fragmentada, com esmagadora maioria a opor-se à FPU e a qualquer aliança com Chivukuvuku, e que tem estatutariamente um Congresso eletivo em 2025, pode Adalberto Costa Júnior ter legitimidade para negociar e decidir algo para lá de meados de 2025?
É sabido que os nichos políticos extremistas e fundamentalistas, têm como objectivos a desordem, a arruaça, a fragmentação, teimam numa postura de perene fragmentação da sociedade, defendendo causas utópicas, sem nunca terem uma solução para nada.
Entre tanta verborreia histérica, posições absurdas e desequilibradas, ninguém em consciência sabe o que quer a Oposição liderada pela UNITA e pelo seu líder, sobre o fundamental para o País? Qual a proposta para a Educação? Qual a proposta para a Saúde? Qual a proposta para o emprego? Qual a proposta de Investimento? Com quem? Que modelo?Que modelo de Segurança e Previdência Social? Qual o posicionamento político de Angola na Globalização?
Foram contra a política Espacial e a Revolução digital. Criticaram a extraordinária política internacional de João Lourenço. Atiraram-se às viagens do Senhor Presidente da República. Quais as alternativas? O Senhor Presidente da República, com resiliência admirável e estoicismo de caráter, assumiu a ruinosa herança e assumiu os compromissos desastrosos do saque que originou uma dívida uma monstruosa Dívida Externa e Pública, com encargos bloqueadores ao desenvolvimento. Que posição assumiriam? É fácil, muitas vezes perigosamente divertido, mas a oscilação das conveniência mostra-nos um somatório de incertezas, até na coqueluche que flutua nos sonhos da luta pelo Poder, as Autárquicas, não sabemos qual o modelo da Oposição, apenas urgência e anarquia, como se as autarquias fossem a panaceia para o el dorado.
Nas minha reflexões pessoais, sem nunca renegar o meu passado, ilustra a minha mente um quadro de dimensões soberbas, ocupando uma longa parede na sala da sua casa, um retrato de Paulo Lukamba “Miau” Gato no beija mão a José Eduardo dos Santos, mas hoje, entendo os silêncios da UNITA face à participação distributiva do bolo da corrupção de então. Por isso se compreende a quantidade de estaleiros enferrujados de empresas falidas de antigos dirigentes da UNITA, que detinham empresas de fachada suportadas pelos fundos perdidos distribuídos pelo BCP, ou exploradas por parcerias oportunistas, sem nunca terem adquirido capacidade de subsistência e garantirem emprego, aliás, exploração esclavagista.
É expectável, face à benevolência de João Lourenço, que venhamos a suportar mais subversão em 2025, os sinais obrigam-nos a ter cautela, cada cidadão tem a responsabilidade de ser guardião da estabilidade, é o nosso futuro que não pode estar vulnerável aos aventureirismos.
Esperamos que a Justiça, pilar fundamental do Estado Democrático de Direito, esteja vigilante às clandestinidades em 2025, infelizmente tem vacilado para lá do aceitável.