Abel Épalanga Chivukuvuku, pressionado, sentindo perder o PRA-JA a cada dia que passa, como oportunista invertebrado, sentiu necessidade de vir publicamente falar para dentro do Partido, numa altura em que é apenas líder provisório, não eleito, e que agora, também agora, por conveniência pessoal, veio transportar o Congresso constitutivo de 2025 para 2026. Sempre o habitual empurrar o problema para a frente com a barriga.
Foi Chivukuvuku que afirmou que seria governo, no futuro, em coligação com o MPLA, a não ser que tenha aprendido feitiçaria e tenha momentos de fantasma.
As suas considerações na intervenção de hoje, são um hino de contradições, a roçar uma demagogia enlouquecida.
Meu caro Abel, não o tenho como estúpido, mas é seguramente um contorcionista político que hoje com Jonas Savimbi já estaria no exílio ou numa sepultura na Jamba, você sabe disso, sabe o que confessou à CIA quando pediu cobertura americana. Aliás meu caro, se recuar a 1992, e se perdeu a memória há nas bibliotecas jornais de então, o que disse Chivukuvuku e Fátima Roque, e o porquê de estarem vivos, outros tiveram outra sorte.
Também sei que é hábil em deturpar factos, o governo provisório em 1975, não foi de coligação, foi de transição e liderado por Portugal, também com participação ministerial, com a economia entregue a Vasco Vieira de Almeida. Ainda assim, você ainda era estudante da Mocidade Portuguesa no Huambo, andava ao ritmo do Cadência 7 com o Tito, esse governo ruiu ao fim de 6 meses, eu mesmo assessorei a UNITA neste governo em 1975, e cheguei a presenciar o Conselho de Ministros em que a UNITA estava apenas representada pelo então ministro da educação Jerónimo Wanga.
Eu pessoalmente, hoje, face à postura de todos a coberto do guarda chuva FPU, e o mano Abel em particular, penso ter havido um lapso do Senhor Presidente da República ao nomear para Conselheiro da República uma vez que não lidera nenhuma representação parlamentar, nem é líder oficialmente eleito de um Partido em Angola.
Retirar as queixas contra o atraso da legalização do PRA-JA? Ó meu caro, a partir do momento da legalização desvaneceu-se o “onus causae”, La Palisse.
Viajar durante 10 dias pelo Cuanza Sul, Benguela, Huíla, Cunene, Namibe? Viva o luxo, bela viagem de turismo, invejo-o por isso, não é para todos. Com certeza, como em todos os países do mundo, viu pobreza, sentiu ansiedade, mas seria magnânimo se esta manhã anunciasse a intenção de fundar um IPSS para recolher de bens a distribuir pelos mais necessitados, faz-se isso em toda a Europa, ou nos Estados Unidos da América.
Sabe, senhor Abel Épalanga Chivukuvuku, num momento em que mais elevados estavam os índices de pobreza extrema na América, que o visionário John F. Kennedy, viu a grandeza da América na conquista do Espaço, que levaria o homem a pisar a lua em 1969.
A Oposição angolana de que faz parte, cega pela maledicência, criticou João Lourenço quando Angola colocou um Satélite em Órbita, conquistou tecnologia digital a um nível só ao alcance de 5 países em toda a África, isso é grandeza, é futuro, é um abrir portas do amanhã contrariando o ruralismo que alguns tanto defendem.
Para terminar este meu escrito, vem-me à memória uma palavra que usou mais que uma vez nesta sua exibição patética, o pontapé, e será com certeza o que levará do cidadãos angolanos em 2027, cansado de tanta demagogia e aventureirismo.