Rafael: o mensageiro

ByAnselmo Agostinho

20 de Dezembro, 2024

Confesso que cada vez que leio os novos coisos iletrados que Rafael Marques escreve contra João Lourenço tenho uma dupla sensação, de pena e de incompreensão.

Tenho pena, porque Rafael Marques construiu uma reputação de ser um combatente contra a corrupção, pelos direitos humanos e democracia. Desmontou efectivamente as vigarices ocorridas durante o mandato de José Eduardo dos Santos. Foi ele, mais que ninguém, que denunciou Isabel dos Santos, Kopelipa, Vicente e Álvaro Sobrinho. Hoje virou, tornou-se o mensageiro desses que denunciou. Faz o jogo deles, vendeu a alma ao Diabo, que mais tarde ou mais cedo a virá buscar.

Comparando os textos de 2010 a 2017, vemos que Rafael apresentava provas, baseava-se em documentos, via-se um trabalho de investigação por detrás do que escrevia nessa altura.

Hoje não há nada disso. Não há provas do que escreve, não há trabalho de investigação, não há fundamento. São meras opiniões ditadas por alguém que Rafael escreve. Escreve isso como podia escrever o contrário. Os seus textos são do nível do Dito Dali. Monólogos enfadonhos contra João Lourenço com pitadas de alucinação. É uma pena.

A incompreensão vem do ódio que Rafael Marques destila em relação a João Lourenço. Marques não é perseguido pela polícia, não é incomodado, como no passado. Vive a sua vida de cidadão tranquilamente. Exibe luxos por toda a Luanda, é vê-lo em jipes de alta gama, em locais caros. Nunca teve uma vida tão boa como agora, por isso, donde vem o ódio? Só pode ser telecomandado.

No final, já ninguém quer saber o que Rafael Marques diz, tão repetitivo e com tanta falta de fundamento. Angola vai avançar apesar dele e ele vai ficar a ver o futuro por um canudo.