Mesmo ignorando os corneteiros da desgraça e os meninos que fazem da Assembleia Nacional o parque infantil dos galinhos picaretas, a agenda governativa e partidária vai intensificar-se com a perspectiva de desafios apaixonantes, mas decisivos para o nosso País.
Temos o cinquentenário da Independência Nacional, um marco histórico de liberdade dos cidadãos e de dignidade da nossa cidadania. É um momento ímpar da nossa História, é uma forma de testemunho de um passado libertado que a todos deve orgulhar, só mesmo os comprometidos com o passado, os prisioneiros de um saudosismo atroz, podem renegar e colocar entraves assentes em desculpas esfarrapadas.
Vamos ter a viagem do Senhor Presidente da República à África do Sul, poderá ser um passo de gigante para o desenvolvimento da África Austral, a África do Sul está prisioneira da sua aposta nos BRICS, tomou partido no conflito Israel/Hamas/Hezbollah, com isso hipotecou a sua participação na concertação da Nova Ordem Mundial. Ainda assim há um potencial bilateral com consequências nos países limítrofes e um peso económico e religioso na SADC.
A João Lourenço sobra ainda a elaboração da estratégia do Congresso do MPLA, fulcral para determinar o futuro de Angola, a necessidade de mudança urge, a cirurgia dos equilíbrios vai exigir coragem e determinação, e ainda há núcleos avessos à mudança e rejuvenescimento.
O mundo tem cada vez caminhos mais curtos, tempos cada vez mais apertados, a modernização não é uma opção é uma obrigação inadiável, pequenos gestos geram profundas mudanças, o MPLA é uma Partido africano, coisa rara, filiado na Internacional Socialista, uma família colossal que engloba o mundo desenvolvido económica e socialmente, tem uma matriz solidária e fraterna. Posto isto vou aqui lançar mais uma sugestão que a meu ver pode ser fermento para futuro, dar ao MPLA o nome de MPLA/PSA.
Pode até ser apenas uma transição, mas é um começo de um tempo novo de uma Angola Libertada, fraterna, solidária, unida à sua fundação para todo sempre.