Sondagens e manipulações

ByTribuna

9 de Agosto, 2024

Com fanfarra apresentaram o resultado do inquérito que realizaram em nome da Afrobarometer, mas que na realidade é feito por velhos conhecidos angolanos que se escondem atrás duma marca estrangeira.

Os mesmos de sempre, que surgem na rádio do Graça Campos e em todas as iniciativas suportadas por Isabel dos Santos, Zenú, restante família e associados.

Não vamos analisar os resultados, apenas dizer, que escondida por detrás de muita conversa, está uma realidade: o MPLA continua com força e a UNITA não consegue a vitória, mesmo na sondagem encomendada. Isto quer dizer, que a constante reivindicação de vitória nas eleições de 2022 não passa de uma guerrilha vazia, e quanto a 2027, está tudo em aberto.

No entanto, o que interessa é perceber que sondagem é esta, e o que representa: “O inquérito deste ano em Angola foi realizado entre 27 de Março e 19 de Abril a 1200 pessoas com 18 e mais anos, dividido equitativamente entre homens e mulheres, 65% urbanos e 35% rurais, 16% sem educação formal, 25% com ensino primário, 41% com ensino secundário e 13% com ensino universitário.”

A informação oficial desmente qualquer tentativa de tornar esta sondagem em algo de relevante. São apenas 1200 pessoas entrevistadas, não sabemos como, se por telefone, por entrevista directa, ou por acesso online, não sabemos de que províncias. E apenas entrevistadas em 20 dias. Não há uma repetição para verificar tendências, uma abrangência estatística mais comprovada. Nada.

Isto quer dizer que a sondagem é apenas um pequena e curta fotografia de um momento, sem relevo substantivo. No final de dia, é um acto de propaganda da oposição, em que esta nem sai muito bem.