Falsos moralistas

ByKuma

29 de Julho, 2024

Angola vive institucionalmente uma caducidade histórica, a ditadura de José Eduardo dos Santos foi até 2017 uma traição aos valores e princípios da Fundação, subverteu o Estado transformando-o numa coutada familiar, num recreio para amigos, e num exílio dourado para a Oposição, deixando o País moribundo como herança envenenada ao seu sucessor, e um espaço de terra queimada para os angolanos.

João Manuel Gonçalves Lourenço vive em Angola um dilema cada vez mais irreversível no actual quadro institucional, dirige um democracia coxa, está cada vez mais armadilhado pelos mesmos de sempre, os ladrões que saquearam o Erário Público, e os indígenas derrotados e humilhados na sua vertente terrorista, silenciados de 2002 a 2017 acantonados como mendigos das esmolas da formação e adaptação à civilidade e urbanismo.

Não há perigo maior para os angolanos do que as alucinações da UNITA, mataram e matam em nome do seu fundamentalismo radical, foram contra o novo aeroporto, são contra o corredor do Lobito, não querem formação profissional em Angola, não querem relações com os Estados Unidos da América, são contra as excelentes relações dos mais altos governantes portugueses com o Senhor Presidente da República, tudo, tudo porque querem uma Angola fechada ao mundo, tudo porque querem transformar o País numa Jamba grande com feitiçarias e inquisidores.

O sumptuoso banquete em Lisboa, foi uma partilha para insinuarem parcerias onde há ódios irreconciliáveis, brinda-se com ruído para esconder o que se pensa baixinho, mas face à postura arrogante de Francisco Viana e Vítor Hugo Mendes, face às insinuações do bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho” e Abel “Vaiatodas” Chivukuvuku, dá para perguntar:

1 – Quantos emigrantes angolanos, perdidos, a viver em tendas no Martim Moniz, com fome, os dirigentes da UNITA/FPU foram visitar?

2 – Quantas angolanas que cairam, infelizmente, nas teias exploradoras da prostituição e são exploradas pelas máfias, foram visitadas pelos senhores da UNITA/FPU?

3 – Quantas bichas de angolanos em Lisboa, junto aos departamentos de imigração, dormindo ao relento, foram visitados pelos farsantes da UNITA/FPU?

4 – Em quantos departamentos que tutelam a imigração foram recebidos os indigentes da UNITA/FPU, para se inteirarem dos problemas dos cidadãos angolanos?

Claro que nada disto importa porque se há algo que a UNITA/FPU quer saber, é dos angolanos que não pertencem às suas milicias.

Mas há mais:

A – Até quando cidadãos estrangeiros, que renegaram à nacionalidade portuguesa, podem em solo de Portugal, identificando-se como uma organização política sem identidade jurídica, como a FPU clandestina, pode livremente fazer guerrilha política contra um Estado irmão, amigo, reconhecido, democrático, com a cumplicidade de cidadãos portuguese, nomeadamente um dirigente do Partido Socialista?

B – Podem os Serviços de Inteligência e Segurança do Estado, em Portugal, autorizar reuniões subversivas em que se discutem formas de derrube de um Governo democraticamente eleito?

Hoje mesmo vou solicitar ao SIS, ao Presidente da República, ao Primeiro Ministro, ao Ministro dos Negócios Estrangeiros e à Procuradora Geral, como é possível uma agressão desta natureza contra um Povo irmão, humilde, que escolheu livre e democraticamente o seu caminho.

Temo a ressaca de todo este carnaval, ontem mesmo um integrante do jantar, ao telefone, disse-me: Até ao fim do ano João Lourenço vai ser corrido, e tu vês se te pões a milhas, vai haver uma limpeza.
Ao que chegamos.

Pela Nova República…!!!