Há festa no infantário, criancinhas ganharam o brinquedo, brilham luzes, ouvem-se ruídos, brinda-se à insanidade, cantam vitória, mas as pilhas, logo, logo, ficarão esgotadas de tanto folclore.
Quantas autarquias terão capacidade e autonomia de Poder local em Angola? Luanda, Viana, Lobito, Benguela, Huambo e Cabinda.
Qual o património autárquico? Hospitais centrais, tribunais, finanças, rodovias, ferrovias, aeroportos, ensino universitário, polícia nacional, institutos, fundações, forças armadas, etc.
A implantação de autarquias sem preparação pode ser catastrófica, Angola necessitaria de um Pacto de Regime capaz de resolver em harmonia casos como a demografia, várias vertentes sociais e de equivalência humana, para qualificar de forma mais racional a dimensão autárquica.
A questão da propriedade vai gerar problemas infindáveis, conflitos exacerbados, em todo mundo os maiores índices de corrupção reside no Poder Autárquico, são nichos férteis de oligarquias sobretudo quando dependem do Orçamento do Estado.
Ninguém é contra as autarquias, mas é um processo evolutivo, não há receitas únicas, Angola tem dimensão territorial e diversidade cultural que desafiam e exigem uma flexibilidade de cidadãos preparados, e este processo todo começa mal, ele não advém de um consenso, nota-se, é visível, há alguém a cantar vitória e cantar autoria da conquista, é um mau começo.
Hoje o bacharel tirano psicopata ACJ “Bétinho”, em uníssono com todos os seus “lambecus”, cantam vitória no Parlamento sobre João Lourenço, o Governo está com medo da UNITA/FPU, por este andar, com os amigos de Lisboa e os especuladores de de outras paragens, com os independentistas de Cabinda, não demorarão a desvirtuar o processo para outros fins mais escabrosos.
O Tempo dar-me-á razão, os laços estão cada vez mais enraizados.
Angola não pode ter eleições autárquicas sem que haja, antes, uma revisão completa da Justiça em todas as suas instâncias, não podemos dar acesso ao Poder de gente que insulta veementemente o Presidente da República e agride e desvaloriza perenemente as Instituição do Estado, amputando a Liberdade e o Estado Democrático de Direito.
Venha a Nova República.