Não pode haver autarquias sem uma reforma de Estado

ByTribuna

8 de Março, 2024

A bandolice começou o carnaval. Agora são as autarquias. A UNITA está em força, a Igreja Católica aplaudiu, a falsa sociedade civil deve estar a sair a terreiro para “exigir”. A tenda de um novo circo está montada.

Até concordamos que as autarquias devem ser implementadas.

Em relação ao partido do poder criam uma fundamental descompressão que é bem necessária, bem como concorrência a muitos dos seus políticos e gestores preguiçosos e /ou incompetentes.

Em relação à UNITA dão-lhe oportunidade de mostrar a capacidade (ou incapacidade) dos seus dirigentes na governação e deixar de ser um grupo da berraria.

Portanto, as autarquias são bem-vindas. Todavia, por si só não resolvem qualquer problema do povo. É por isso que entendemos que as autarquias devem surgir dentro dum pacto negociado que envolva a reforma do Estado. Uma reforma do Estado com os seguintes objectivos:

1-Aproximar a Administração Pública dos cidadãos: Buscar-se uma maior eficiência e transparência na prestação de serviços públicos, tornando-os mais acessíveis e compreensíveis para os cidadãos.
2-Melhorar a prestação do serviço público: O foco está na qualidade e eficácia dos serviços oferecidos pelo Estado, garantindo que atendam às necessidades da população de forma eficiente e eficaz.
3-Desburocratizar: Reduzir a burocracia e simplificar os procedimentos administrativos, tornando os processos mais ágeis e menos complexos.

Sem a Reforma do Estado, não adianta implementar as autarquias. E tal implica modificar a estruturação do poder executivo, nível nacional.