Não existem coincidências em política. No momento, em que os secessionistas terroristas de Cabinda anunciam preparativos para um suposta grande ofensiva e comemoram um aniversário, o bacharel Adalberto acorre a Cabinda para falar com o bispo da Unita que por lá perora.
Após essa fala, o bacharel saiu do bispado de peito feito, e anunciou à cidade e ao mundo que qualquer terceiro mandato de João Lourenço estava fora de questão, porque ele (ACJ) não permitia, e a decisão era dele e apenas dele.
Três sinais resultam desta encenação cuidada do bacharel e dos seus amigos bispos em Cabinda.
O primeiro sinal é que a corrida para 2027 está lançada. Parece cedo, mas não é. O ano que vem marca os 50 anos da independência. Será um ano histórico. Nessa altura, tudo estará lançado para 2027. O bacharel quis antecipar-se e terminar com qualquer intenção de João Lourenço (real ou fictícia). E para isso contou com o apoio tácito do bispo da terra. O nosso colega Kuma tem razão. A Nova República tarda.
O segundo sinal é que não há coincidências. Como tem sido tradicional, a Unita alinha com a Flec (leiam o livro do Agualusa sobre o Chivukuvuku para perceber isso) e a autonomia seguida de independência de Cabinda está no ADN da Unita. Essa foi outra promessa que ACJ foi fazer a Cabinda: a desunião da pátria angolana.
Finalmente, o terceiro sinal não é novo, mas uma reafirmação do apoio de franjas activistas da Igreja Católica ao desmembramento de Angola e a ACJ.
São estes os sinais que não podem ser ignorados e impõem a rápida concretização da Nova República. Amanhã será tarde.