Na passada sexta-feira, tomou posse o novo bastonário da Ordem dos Advogados. Há algo positivo neste acto. Foi o resultado duma eleição limpa, plural, disputada, mas com regras. Ao contrário do habitual não houve um vencedor antecipado. O poder político foi neutro. Foi um exemplo da atitude de João Lourenço, promoção da liberdade, e do funcionamento da sociedade civil e privada.
Quanto ao bastonário não sei nada. Não sou jurista e não o conhecia. Surgiu de rompante. Assustou-me o facto de ter como número dois, o homem que fala com os mortos. Contudo, achei a campanha eleitoral honesta e activa. Aquando da eleição, vi os excitados do costume a acharem-no um novo Messias. De seguida, vi-o a tomar uma posição conservadora, indo buscar os antigos bastonários e rodeando-se deles.
Quanto ao discurso de posse, foi uma no cravo e outra na ferradura. Nomeou gente do passado para funções importantes, apelou ao governo para o financiar, ao mesmo tempo, que resolveu intervir no tema das autarquias.
Até agora o que temos é um homem para todas as estações. Temos curiosidade em ver os próximos passos. Predominará o conservadorismo ou a tentação da politização? Ou será sempre uma salada mista?