Um dos órgãos oficiosos da Unita, anunciou recentemente que a “Unita recorreu recentemente à acadêmica brasileira Janaina Conceição Paschoal, considerada a arquiteta do processo de destituição de Dilma Rousseff. O propósito do contato foi a partilha de experiência em matérias de impeachment”
Fantasticamente, apresentaram isto como uma grande jogada da Unita-ACJ, um brilhantismo nunca antes alcançado pelos grandes estrategas do disparate. Muitas coisas se poderiam dizer sobre a capacidade profissional dessa Janaína, mas não é necessário ir por aí, basta ver os resultados da obra dela no Brasil. O impeachment de Dilma teve como consequência a eleição do mais anti-Africano e extremista Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Portanto, foi um resultado desastroso. Além do mais, criou uma onda de repúdio que hoje levou Lula à Presidência, à anulação dos processos-crime contra ele e Dilma é hoje Presidenta de um banco. Pior é impossível.
Essa Janaína que venha para terminar de vez com a Unita-ACJ, pois será esse o resultado da perícia dela.
Além do mais, é importante sublinhar, de novo, que a Unita-ACJ labora num erro. O impeachment brasileiro nada tem a ver com o processo de destituição angolano. O brasileiro é essencialmente um acto político resolvido pelo Congresso local, o angolano é manifestamente um acto quase judicial cuja última palavra cabe aos tribunais. Ainda não perceberam isto, como não perceberam que precisam duma maioria política para agir, e não têm essa maioria. Acabou.