Quem governa?

ByAnselmo Agostinho

27 de Junho, 2023

Eu pasmo. Houve umas eleições. Todos os órgãos foram constituídos. Contudo, há uma oposição que parece que quer governar ao arrepio da vontade democrática, tudo fazendo para impedir uma situação de constitucionalidade estável.

Uns dias são boatos. Boatos perigosos que constituem verdadeiros crimes. Outros dias são notícias negativas sobre Angola, emitidas em metralha, a maior parte falsa, juntando apenas uns lampejos de verdade.

Há perguntas que deviam ser feitas e não são:

1-Que política económica defende a oposição? Não teve a política económica do governo o forte apoio do FMI?

2-Como a oposição combateria a corrupção? A chaga que atrasa o país.

As respostas são fáceis. A oposição não sabe nada de economia, por isso, não tem qualquer política económica a apresentar. E quanto à corrupção, deixaria de a combater, pois os seus financiadores são os corruptos do passado.

E esse é o grande problema, foi criada uma grande aliança entre os corruptos do passado, os ativistas sequiosos de dinheiro sem emprego e a UNITA-ACJ que com apoio de interesses estrangeiros criaram uma máquina de fazer barulho que tenta perturbar a governação e criar um clima de instabilidade permanente.

Temos defendido que é tempo da democracia militante. Isto é, de acionar os mecanismos constitucionais para erradicar esta permanente agitação. O que temos neste momento é, muito provavelmente, uma situação clara de “perturbação da ordem constitucional democrática” (artigo 58 da CRA) que talvez justifique a declaração de um estado de emergência decretado pelo Presidente da República (artigo 204). A constante agitação promovida nas ruas e nas redes sociais com impacto na instabilidade na vida das pessoas e na vida pacífica do país tem de terminar.

Uma coisa é a liberdade de expressão, outra é a constante tentativa de subversão da vida política e social, alimentada por pessoas que passam o tempo no estrangeiro a soldo de criminosos foragidos. Em qualquer país do mundo há limites à liberdade. Em Angola, também tem de haver, caso contrário, será transformada num faroeste de desgraça.

Tem de se perceber quem governa. E quem governa não são os arautos da desgraça, nem os boateiros encartados, nem os ativistas frustrados. Quem governa são os legítimos eleitos em Agosto de 2022.

É fundamental haver uma acalmia sistemática e garantir que o país tem condições de avançar sem mais atropelos ao direito à tranquilidade e uma vida pacífica. Temos de dizer basta à agitação promovida pelos corruptos do passado.