Confesso ter até uma consideração pessoal por Higino Carneiro, no pouco em que cruzamos foi sempre gentil e até solidário, mas também adoro um bife grelhado, mas tempos houve em que as vacas enlouqueceram.

Higino Carneiro foi advertido severamente por José Eduardo dos Santos em 2010, pelos sinais evidentes de enriquecimento ilícito, mas teve sempre o beneplácito de uma franja da sociedade porque investiu, também, em Angola. Hotelaria, banca, pescas, agroindústria, e apoio ao Clube Libolo na sua terra natal. Tem também grandes investimentos em Portugal, Brasil e França, onde tem lugar cativo para as “farras e noites loucas” no Hotel Crillon em Paris, residência habitual dos Chefes de Estado em visita a França.

Vulnerável ao sexo feminino, o General Higino Carneiro, é também, um dos expoentes máximos da corrupção que se apoderou do país no consulado de José Eduardo dos Santos, e essa marca nada nem ninguém pode apagar, é um maribondo que integra o enxame que tenta apear João Lourenço do MPLA e do Governo.

É também um dos financiadores do psicopata ACJ “Bétinho”, e agora que vê a UNITA/FPU na rua da amargura, tenta vitimizar-se, mas está apenas a colher o que semeou, ninguém de bom senso, pode acreditar que no Estado alguém se aproveite de uma “prostituta” para infernizar a vida de Higino Carneiro, ninguém é tão anjinho e entre tantos absurdos não há inocentes.

João Lourenço combate a corrupção desde 2017, era a instituição mais enraizada em Angola, mas o aprofundamento da democracia, com o espaço de liberdade, permitiu fazer emergir a demagogia e a intriga, e nesse combate o psicopata ACJ “Bétinho”, os seus capatazes, e os clandestinos por ele patrocinados, têm de ser os alvos por serem os campeões da impunidade face à inoperacionalidade da Justiça.Higino Carneiro foi, em paralelo com Álvaro Sobrinho, grande investidor do futebol em Portugal, no seu Belenenses, ainda hoje têm a par de Batista Tchindande, lugares cativos nas tribunas de honra dos estádios dos seus clubes.

Há que decepar algumas árvores para salvar a floresta, há que separar o fruto podre para não contaminar o que ainda está bom, os limites e as extremidades não são bons conselheiros, o ambiente está poluído, é tempo da poda e da desinfecção, é tempo de respirar um tempo novo.