Opções inaceitáveis

ByKuma

16 de Junho, 2023

O General Charles De Gaulle, Chefe de Estado e Herói Nacional de França, perante a tentativa de levar o Poder para a rua, não hesitou, referendou a 5ª República em 1968, e devolveu a voz ao Povo e legitimou a sua autoridade. Acabou a anarquia.

Portugal referendou a Regionalização e o Aborto, e o ruído que parecia transcendente foi inapelavelmente derrotado pela vontade popular.

O recurso a este instrumento legal, constitucional, democrático, deixa marcas históricas e faz da convicção de um governante um homem Estadista. Não são momentos fáceis, mas mais difícil é suportar a mancha ignóbil na história de qualquer Nação, um punhado de oportunistas terroristas confundir a bandidagem e um populismo ruidoso com adesão dos cidadãos, que, invariavelmente, têm como primeira opção de vida, pessoal e colectiva, a segurança e estabilidade públicas.

A UNITA/FPU e o seu líder psicopata ACJ “Bétinho”, dão mostras cada vez com mais veemência, de ter abdicado o Parlamento em troca pela rua, vão fazer um ano que se realizaram eleições, e o carnaval continua a desfilar pelo país em clara tentativa de bloquear o desenvolvimento e denegrir as instituições do Estado Democrático de Direito.

É inverosímil que alguém no seu estado mental escorreito some tantas contradições, já não confunde os observadores, o psicopata ACJ “Bétinho” é um camaleão contaminado na Sociedade angolana. 

Uma observação crítica também para a Maioria do MPLA na Assembleia Nacional, também, para a sua Presidente, segundo Órgão de Soberania. A Câmara não age, reage apenas ao escrutínio que emana da Constituição, não há iniciativa, não há uma mensagem de conforto e solidariedade para com o todo do Estado, falta uma lufada fresca à autoestima nacional.

O Senhor Presidente da República foi agraciado em Espanha, num Fórum Mundial, pelo brilhante combate à COVID-19. Não há um Voto de congratulações do Parlamento, não há uma manifestação pública de regozijo, ser deputado não é um emprego, é uma exigência de entrega e devoção à causa pública, não é um dormitório para repousar o cansaço das festas e das noitadas.

Não se faz um Referendo de um dia para o outro, a logística é complexa, mas a forma como se está a fazer política em Angola, exige sem hesitação o anúncio de referendar uma Nova República em 2024 ou 2025, antes mesmo da implantação das autarquias. Há critério que advêm da Luta Heróica de Libertação Nacional que atingiram a sua caducidade histórica, é necessário encerrar esse ciclo, João Lourenço já encetou o caminho para a modernidade, é tempo de mudança geracional, é tempo de um tempo novo rumo ao futuro.