Ataque à defesa

ByKuma

27 de Abril, 2023

É uma demonstração de ambiguidade e uma postura factual da realidade entorpecida das instituições, para quem na sua vacuidade se julga o supra sumo da inteligência e capacidade de governação.

O bacharel ACJ apressou-se a julgar a nomeação do PGR Hélder Pitta Groz pelo Presidente da República, cumprindo um ritual da Constituição obedecendo à separação de Poderes.

ACJ porventura, vendo-se presidente, como faz na UNITA, embrenhado em tirano, escolheria o mais subserviente dos seus capatazes, dá impressão que a primeira coisa que vê pela manhã ao espelho, é João Lourenço.

O Processo foi público, transparente, e se algo espanta os observadores foi a recandidatura do atual PGR, depois de ter apresentado a demissão em Janeiro, e a votação dos seus pares, votando ele também em causa própria.

Sendo a Justiça um Poder autónomo num Estado Democrático de Direito, o que faria o bacharel ACJ no lugar de João Lourenço? Criticar, insinuar, denegrir, é um acto de desacreditar as instituições, e a UNITA deve louvar o laxismo que aponta ao PGR como uma benção, onde estariam muitos Galos Negros que o Ministério Público, a tempo, tivesse agido contra os desmandos perpetrados a partir do SOVISMO?

Atacar para se defender é a arma dos fracos, ver nos outros aquilo que somos é um complexo ambíguo gerador de instabilidade, em todo Processo que decorreu no CSMJ o Presidente da República pautou a sua atuação pelo plasmado constitucional e democraticamente.

Ainda assim é ridículo e uma tremenda falta de carácter, um Conselheiro da República, líder da Oposição, usar o espaço público e os esconderijos das redes digitais, para fazer política rasteira, intelectualmente desonesta, e que patenteiam a tal inadaptação à democracia e civilidade.

Ainda assim Hélder Pitta Groz não está só, a distinta Vice Procuradora, Inocência Pinto, pelo seu curriculum, e pelos pelouros atribuídos, dão garantia de uma lufada de ar fresco na PGR, pode ser um sinal de que nada será como antes.