Abriu-se e brindou-se com champanhe

ByKuma

26 de Abril, 2023

Defenderei sempre o direito de discordarem de mim, mas há regras de civilidade que impõem balizas porque o respeito é a última grilheta de defesa da liberdade.

Haverá por ventura muitas verdades e razões que desconheço, mas sou um cidadão atento à Coisa Pública, e a plena democracia na minha terra aguarda por melhores dias na justiça.

A recondução do atual Procurador Geral, Hélder Pita Groz, é festivamente saudade entre foragidos e oportunistas, que como abutres se têm lambuzado com o fruto do saque do Erário Público  de Angola, tem sido notório o laxismo, a inoperacionalidade nacional e internacional, que nalguns casos tem deixado o país prisioneiro de apreciações menos abonatórias.

Sou um apreciador confesso da trajetória de João Lourenço na condução de Angola, poderei até estar errado, mas fui surpreendido com a recondução do PGR, temo que possamos continuar a ter na justiça a parte doente da democracia angolana.

A interpretação da liberdade não pode ser confundida com a falta de autoridade, as tentativas de anarquização já foram longe demais, os insultos e agressões já ultrapassaram o admissível, como aqui já escreveu o meu colega Anselmo Agostinho, a justiça portuguesa já se dá ao luxo de não respeitar Angola pela presunção de inação da PGR.

Como disse Voltaire, “posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até à morte o direito de você dizê-las em liberdade.” 

Há liberdade de errar, há responsabilidade para não persistir no erro, mesmo em democracia.