Sub-solidariedade ou supra-esquecimento?

ByKuma

25 de Abril, 2023

A globalização criou uma euforia efémera, foi um tempo novo que enganou, hoje é consensual, o planeta precisa de uma Nova Ordem Mundial e passa pela reformulação do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

É incompreensível que o país que esta semana passou a ser o mais populoso do Planeta, a Índia, esteja subalternizada no palco das decisões mais importantes do mundo, e é inaceitável que o Continente Africano também não tenha lugar cativo depois das Nações Independentes após a fundação da ONU.

Há um património histórico cultural unido numa só língua de Povos, e associado em países na CPLP Comunidade de Países de Língua Portuguesa. Mais do que Acordos de boas intenções, exige-se uma solidariedade pública mobilizadora dos cidadãos, sem oportunismos, aproveitamentos, ou até presunção de uns serem mais que outros.

O Brasil reclama um lugar no Conselho de Segurança onde deverá assentar uma nova arbitragem mundial, reclama para o efeito a solidariedade lusófona, mas não é assunto que se coloque bilateralmente, Angola é hoje um esteio de estabilidade em África, implementou uma Democracia sentida e verificada num Estado Democrático de Direito, e no multilateralismo da CPLP deveria ser aprofundada a sua participação Africana na ONU.

Em vez de andarem em joguinhos de bastidores, em conspirações inúteis, sejamos capazes de nos respeitar nas diferenças, e agarrar as oportunidades que juntos podemos conseguir.

Apoiar sim o Brasil, é uma voz da América Latina que tem no México a concorrência mais séria, mas sejamos capazes de colocar Angola que leva vantagem perante a instabilidade da África do Sul e a inaceitável desestabilização da Nigéria.

Em Agosto teremos a reunião magna da CPLP em São Tomé e Príncipe, é hora de de igualdade e fraternidade para melhor defendermos o nosso legado no mundo.