Avoluma-se a indignação, agiganta-se o cansaço, a verdade e a razão sufocam ante a pressão de tanta mentira, e a sensação de uma campanha eleitoral permanente transforma-se numa crescente agressão política com laivos de arruaça e terrorismo.
A narrativa é nula de vocabulário, mas o objectivo tem sentido único, são idiossincrasias unidas numa matilha raivosa, que pula da intriga para a mentira, ocupando o espaço e o tempo minuciosamente preenchido.
Vejamos a última etapa: O grupo parlamentar da UNITA veio a terreiro público, fazer de vítima um narcotraficante detido em Moçambique. Lukamba Gato, o tal que se dizia aposentado, botou discurso defendendo a enxada e a charrua, símbolos da escravatura e primitivismo rural. Francis Viana, na China, veio solicitar aos trabalhadores das suas empresas para ficarem em casa dia 31, mas não disse que empresas são, o que fazem, e quantos trabalhadores tem, e já agora, se os tem, os salários que paga para poderem ficar em casa sem trabalhar. Gangsta teve apoio de ACJ, da UNITA, e de toda a sarjeta onde chafurda a parasitagem, Nélito Ékuikui, Adriano Sapiñala, Mihaela Webba, Kamalata Numa, e adivinhava-se a qualquer momento a voz dos intelectuais inadaptados e fraudulentos.
Não tardou e Marcolino Moco veio a terreiro defender os ladrões, promover o ativismo, o seminarista sacristão do Quipeio, que foi ministro da juventude, primeiro ministro, líder da CPLP, além de cargos provinciais, mas nem uma obra fez que o identifique. Mais triste ainda a sua casa em Ékunha, em ruínas, com tábuas nas janelas em vez de vidros.
Não podia faltar o incentivo à emigração, o mesmo que foi dado desde 2002 à imigração e que criou a explosão demográfica na periferia da capital, e que faz o mesmo com famílias instaladas a ter de receber familiares em busca do eldorado da desgraça.
Mas a indignação maior vai para o ataque cerrado aos Serviços de Inteligência, que pela sua natureza, devem ser secretos e defensores do Estado, esse mesmo Estado que permite livremente que sejam ditas coisas que no tempo do governo de Moco, davam prisão e morte sem julgamento.
João Lourenço tinha 23 anos em Maio de 1977, não é médico legista, logo, racionalmente não pode ser responsável pelas mortes de então, e muito menos pelas ossadas entregues às famílias, mas foi o único a ter coragem de pegar no Processo e, com transparência e responsabilidade, sem constrangimentos, encontrar uma solução final.
Mais, o sufoco das empresas e a aflição dos empresários, é fácil comprovar, começou em 2014 com a queda abrupta da economia, numa altura em que o petróleo estava em alta, mas o saque sugou tudo e todos, era tudo de uma dúzia de pessoas, por isso mesmo quiseram ir embora e deixar tudo de tanga. Em 2017 Angola estava a colapsar economicamente, socialmente o Estado paralisou o estatal e o privado, obras paradas em todo o país, lixo amontoado em todo lado, a ELISAL paralisada, o país estava totalmente a mercê da China.
Esta desonestidade intelectual e política advém da separação das águas, a percepção foi a abertura de Angola a novo estatuto global, o país prestigiou-se, estabilizou-se, a democracia enraizou-se, a juventude vacilou mas está agora ao lado de quem, com eles, quer construir o futuro.
Os politiqueiros estão afobados com as Autárquicas e com a ficção do Terceiro Mandato, o Presidente, o Governo, as Instituições, estão de mãos dadas em busca de desenvolvimento, emprego, bem estar e percorrer o caminho da felicidade.