Vítima ou foragida?

ByKuma

30 de Novembro, 2022

Teria ela enriquecido sem a institucionalização da corrupção no consulado do seu pai, José Eduardo dos Santos?

Conseguiria ela tamanha fortuna se não fosse filha do Presidente da República, José Eduardo dos Santos?

Naufragada no lodaçal da corrupção, atolada no pântano da fraude, e até na hora do show de vitimização perante um jornalista seduzido e alienado, Isabel dos Santos escondeu-se num apartamento em Gibraltar para dar continuidade a uma campanha política que começou com ACJ e a UNITA/FPU e vai terminar assim que acabarem as trapalhadas inconcebíveis de um PGR conivente ou incompetente, que não tarda fará parte da campanha algures num lugar ao sol.

Só poderia ser a TVI, a CNN e o Observador, onde se acotovelam os Bogalhos, os Rosados e outros alienados, e onde os salteadores têm livre acesso sem contraditório. 

Isabel dos Santos não revelou nada de novo, não teve coragem de condenar Manuel Vicente, Dino ou Kopelipa, mas serviu-se do seu privilégio para denegrir o Presidente João Lourenço, e até atacou o PGR como estratégia do ilibar da sua conivência em relação aos marimbondos.

É muita falta de vergonha negar os contatos com governantes portugueses, repetem-se imagens acompanhada do ministro da economia, e de encontros com o Primeiro Ministro, fora as facilidades bancárias decorrentes do aval do seu pai, que lhe facilitaram créditos normalmente inacessíveis.

Também Angola de hoje nada tem a ver com a Luanda das noites inundadas de champanhe, das farras na ilha com caviar importado, o mundo inteiro sabe que ninguém negociava um diamante sem passar por Isabel dos Santos, comprava participações em grandes empresas internacionais com mais facilidade que qualquer angolano comprava um saco de arroz no mercado dos congoleses ou no 30.

Não posso ignorar que Isabel dos Santos tem seguidores em Angola, o país deixou de ser uma terra de unanimismos, há uma pequena pseudo elite saudosista, mas não haja ilusões, só a cegueira de uma Oposição inadaptada e gente como Isabel desfasadas no tempo, ignoram os desafios novos que a Sociedade abraçou, em comunhão com o Governo, o mundo está ligado e aplaude o trilho traçado por João Lourenço, este frenesim mediático será efémero e dissipar-se-á logo que a Justiça faça o seu caminho.

Baku tem ballet, música, teatro, tem vodka e caviar, mas com tanto dinheiro se Maomé não for à montanha, a montanha irá a Maomé. Será um desterro até que do frio e das prescrições possa emergir um tempo de perdão, mas a viagem da vida pelo tempo, muitas vezes torna o amanhã tarde de mais.