Passou a tentativa insurrecional da UNITA/FPU. É espantoso como se esfumou em poucos dias, mostrando o oportunismo dos seus promotores, mas não é por isso que as tentativas de desestabilização páram. O que acontece é que assumem novas formas.
E quais são as novas formas da desestabilização?
Estão à vista.
Agora todos os dias se anunciam greves. Foram os professores do ensino superior, são os enfermeiros, serão os oficiais de justiça. A greve é um direito, e todos têm direito a querer melhores condições de trabalho.
O que não é um direito é a tentativa de através de greves se parar o país e querer ganhar nas ruas o que se perdeu nas urnas. O empolamento e sequência de cada uma destas greves não é inocente, obedece à manipulação das boas intenções dos sindicatos por forças externas que procuram a todo o transe derrubar a estabilidade.
Este é o problema, greves com intuitos laborais são admissíveis, greves políticas não são. Há que traçar as linhas entre uma outra coisa e denunciar.
A outra forma de desestabilização é o ataque às magistraturas. Todos os dias surgem em parangonas notícias sobre os magistrados. Um foi suspenso, outro fez não sei o quê e outro quis casas milionárias.
Isto só serve para descredibilizar o combate à corrupção. Há que fazer voltar os magistrados à sua prática de reserva e contenção. Eles têm de deixar vir para a praça pública discutir os seus problemas e reivindicar as suas mansões. O lugar do magistrado é no recanto do tribunal, não nas primeiras páginas dos jornais.
É fundamental moralizar a magistratura, afastar os elementos perturbadores e terminar com as discussões públicas. Provavelmente, o ideal era jubilar quase todos os juízes dos tribunais superiores e fazer avançar uma nova geração descomprometida e trabalhadora.
Há que reagir à sequência infinita de greves e de ataques à magistratura.