Foi hoje publicado no jornal 24 Heures do Senegal, um dos maiores do país, lido em toda a África Ocidental um artigo muito importante que reconhece a evolução muito positiva que Angola está a ter.
Intitulado “Reconciliação Nacional e o Processo de Recuperação de Activos”, Abdoulaye Diop, o colunista escreve que a reconciliação nacional em países que conheceram guerras prolongadas e fratricidas, como Angola, não é fácil, mas logicamente existe uma necessidade vital de se desenvolver e reconstruir essa via.
João Manuel Gonçalves Lourenço, presidente da República de Angola, estabeleceu o caminho juntamente com a influência diplomática de Luanda ao nível continental. Recentemente, João Lourenço participou do Fórum de Paz e Segurança, realizado em Dakar de 23 a 25 de outubro de 2022. Esta oportunidade não foi desperdiçada pelo Presidente de Angola, que enalteceu o processo de reconciliação que tem estado em curso no país.
O presidente angolano João Lourenço, com razão, informou o seu país em agosto de 2022, que se sentia inequivocamente ligado a Angola, ao seu povo e especialmente ao seu bem-estar.
João Lourenço embarcou no maior e complexo trabalho de luta contra a corrupção e a reconciliação nacional. Estas lutas já permitiram ao Estado Angolano recuperar mais de US $ 6 milhões (em dinheiro) e mais de US $ 15 bilhões em propriedades e bens móveis.
Nesse processo, vimos um rosário de grandes líderes do MPLA, incluindo os filhos de José Eduardo Dos Santos, responderem na justiça. Para consolidar o país e reconciliar os “filhos” deste país, João Lourenço, para surpresa geral, não hesitou em proporcionar um funeral digno ao fundador e líder da UNITA, Jonas Savimbi na sua aldeia natal, Andulo.
Após o enterro de Jonas Savimbi, alguns meses depois, João Lourenço recebeu no seu palácio, seis dos filhos de Jonas Savimbi.
Como se isso não bastasse, o Presidente angolano, procedeu no dia 15 de novembro de 2021 à entrega dos restos mortais de dois líderes seniores da UNITA e companheiros de Jonas Savimbi, que morreram nos conflitos armados de 1992, depois que o chefe rebelde recusou os resultados eleitorais.
Os observadores de factos políticos significativos na história de nosso continente acreditam que estamos a assistir a uma reconciliação em Angola. Não é um baile de máscaras simples, como dizem os angolanos, e como acontece um pouco em todo o lado. Os angolanos estão realmente reconciliados!
Prova disso, a República de Angola, inaugurou em julho de 2022, a sua primeira embaixada no Senegal, e Savimbi Kanganjo, filho do antigo líder da UNITA, é o consultor diplomático para os assuntos económicos.
Há uma mensagem muito pedagógica nesta mensagem de reconciliação nacional, lançada pelo presidente angolano para os seus colegas africanos, cuja lição deve desafiar as nossas consciências.
Resumo: 24 heures – Senegal