Isabel dos Santos respondeu com esta pergunta à nacionalização, ontem, da sua participação na Unitel, a par daquela do protegido do seu pai, o general Dino, bem como a participação deste grupo nas minas de diamantes da Catoca.
A pergunta está correcta, mas ao contrário. A ineficácia da PGR aliada à lentidão da justiça tornaram- se as grandes aliadas de Isabel e dos outros, permitindo- lhes desenvolver uma guerrilha constante contra o legítimo governo de Angola e tentando confundir os espíritos fracos anunciando que o combate à corrupção tinha acabado. Já se falava em acordos, retornos e alternativas para a presidência do MPLA.
O Presidente da República deu um murro na mesa e resolveu o problema, de acordo com a Constituição e a Lei. Era preciso terminar com este regabofe judiciário que estava a tomar aspecto de nova impunidade.
A força do Estado, dentro da lei, é para ser usada. Aliás, em Portugal, a propósito da Efacec, o governo socialista fez o mesmo quando viu que a confusão se agigantava, e ameaçou repetir a actuação no caso do Eurobic. Por isso, Angola tem toda a legitimidade para agir como agiu. E o Presidente deve ser aplaudido por ter, com coragem, resolvido mais um problema.