A derrocada da aventura Unita-ACJ está a ser mais rápida do que se pensaria. Aquilo estava mesmo colado com água, sem consistência nenhuma a não ser o ódio a João Lourenço e a necessidade de o derrubar para acabar com o combate à corrupção. (A propósito, tem sido vergonhosa a prestação dos generais no caso Lussaty, mas isso é outro assunto…).
No entanto, apesar dessa derrocada, os inimigos movem-se nas sombras e inventam novas estratégias para derrubar o governo eleito. Agora vieram com a ideia das terceiras vias. Pessoas diferentes, de quadrantes diversos, apareceram com essa conversa após as eleições.
Não se percebe bem o que é a terceira via. Um novo partido? Isso estaria bem, e não pode haver vitórias eleitorais sem partidos. Contudo, a terceira via não parece ser um novo partido-o que seria legítimo- mas uma espécie de agitação constante para subverter os quadros constitucionais actuais.
Não faltará muito e a terceira via quererá rever a constituição, mudar a liderança da Unita, substituir o Presidente do MPLA, perdoar Isabel porque arranja empregos, amnistiar Vicente porque está doente, deixar cair as acusações aos antigos corruptos, porque afinal não foram eles os “maus”, mas algum bode expiatório, entretanto, arranjado.
As terceiras vias que andam para aí não são projectos sérios, mas sim a continuação da guerrilha institucional dentro dos partidos para terminar com as reformas económicas, que perturbam a oligarquia financeira instalada, e acabar com a luta contra a corrupção que perturba os antigos poderosos, que continuam a dominar os circuitos mediáticos e financeiros.