Foi um claro cumprir de calendário sem gosto nem vontade. A manifestação da UNITA (falsamente chamada FPU) no passado sábado foi um fiasco, sem chama alguma.
A discussão centrou-se à volta de um único tema, se estariam centenas de pessoas, como disse a Lusa (que funciona, muitas vezes, como porta-voz oficioso da mesma UNITA, e agora viu-se barbaramente atacada) ou uns milhares.
Não interessa, entre 900 ou 2000 pessoas, é totalmente irrelevante. Assim se vê que o balão de ar se começa a esvaziar face às contradições de ACJ.
O bacharel quis tudo, o apoio das manas Santos, os activistas desempregados, os ressabiados do MPLA e a tradicional UNITA. Durante pouco tempo pensou que esta gente tão diferente poderia juntar-se para derrubar o governo legítimo. Aguentaram-se poucos meses, agora cada um puxa para seu lado. As manas insistem no derrube do Presidente. Só isso lhes permitirá voltar ao saque de Angola. Os activistas dividem-se entre os que querem ser deputados com fatos engomados e gravatas de seda e os que querem correr para tomar o poder como Che Guevaras serôdios. Os ressabiados acomodam-se nos novos postos da UNITA, são deputados e falsos sábios que falam, como falavam no passado, sem fazer mais nada do que acumular benefícios. Resta a UNITA tradicional que se vê despojada da sua realidade e transformada em instrumento de terceiros.
Tudo isto se viu na manifestação. Pouca gente, discursos desgarrados, um activista queria começar a insultar João Lourenço do alto do púlpito e teve de ser contido por Ekuikui. Um ressabiado fez um discurso feio, cheio de ressentimento. Foi a manifestação da derrota.
Mas não vão desistir. Todos os dias enchem o espaço com mentiras. Ou é a saúde do Presidente ou o novo governador de Luanda que é do FBI, ou não sei o quê. A calúnia está sempre presente.
Mas na realidade já não interessa, caminham para a irrelevância.